Política Regional

Luta Antimanicomial reúne ativistas e usuários no ES

Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediram o fim dos manicômios, mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a ampliação do atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 20 de maio de 2025, às 10h41

Foto: Reprodução | Ales
Foto: Reprodução | Ales

Em defesa da reforma psiquiátrica e do fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), ativistas, profissionais da saúde, estudantes e usuários de serviços públicos participaram de um ato na manhã de segunda-feira (19), em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). A mobilização marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no domingo (18), e cobrou avanços nas políticas públicas de saúde mental.

Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediram o fim dos manicômios, mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a ampliação do atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A mobilização foi organizada pelo Núcleo Estadual da Luta Antimanicomial e contou com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental, presidida pela deputada estadual Camila Valadão (Psol).

A parlamentar, que acompanhou o ato, utilizou suas redes sociais para reafirmar seu posicionamento: “Por uma Rede de Atenção Psicossocial nos territórios capixabas forte, com equipe multiprofissional, para a promoção da saúde mental com respeito à dignidade de todas as pessoas”, publicou.

Além do protesto, a Assembleia também abriga, até a próxima quinta-feira (22), a exposição “Os seres que habitam em mim”, com entrada gratuita das 8h às 19h. A mostra reúne quadros produzidos por usuários da Raps e foi organizada por meio do grupo de pesquisa Fênix, do Departamento de Serviço Social, e pelo Laboratório de Ações e Pesquisas de Saúde Mental em Terapia Ocupacional (Lapsam-TO).

Segundo a curadora Alana Simões, as obras revelam não apenas a potência criativa dos artistas, mas também um aspecto coletivo da existência humana: “O que se revela nessas criações é comum a todos nós: a condição radicalmente humana de sermos constituídos por muitos”.

O evento simboliza uma resposta política à tentativa de retrocessos no campo da saúde mental e reforça o compromisso dos movimentos sociais e do parlamento com a garantia de cuidado em liberdade, conforme preconiza a reforma psiquiátrica brasileira.

*Com informãoes da Ales.

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