Cidades

Projeto une matemática, arte e leitura em presídio de Cachoeiro

Estudantes utilizaram contos de Malba Tahan, Tangram e produção criativa para explorar conceitos matemáticos de forma lúdica e contextualizada.

Por Redação

3 mins de leitura

em 20 de maio de 2025, às 17h08

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Hosana Salles, localizada no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim, desenvolveu o projeto “Matemática com Histórias – Malba Tahan e os Mistérios do Tangram”. Contudo, o projeto é voltado para estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A proposta promoveu uma abordagem inovadora, lúdica e interdisciplinar do ensino da Matemática, integrando literatura, arte, história e raciocínio lógico.

A atividade teve como objetivo despertar o interesse dos alunos pela Matemática de forma contextualizada, utilizando histórias envolventes do escritor Malba Tahan e desafios com Tangram — um quebra-cabeça geométrico de origem oriental — para desenvolver competências, como raciocínio lógico, criatividade, leitura e compreensão de conceitos geométricos.

Durante o projeto, os alunos participaram de leituras e interpretações de textos matemáticos, resolveram problemas contextualizados em narrativas, realizaram composições com peças do Tangram e produziram textos e ilustrações inspiradas nas figuras criadas. A ação contou com o envolvimento das disciplinas de Matemática, História, Língua Portuguesa e Arte.

Tornar a aprendizagem mais envolvente

De acordo com a professora de Matemática Márcia Elena de Azevedo Montovaneli, responsável pela ação, o diferencial da proposta foi transformar o ensino da Matemática em uma experiência concreta e acessível. “Integramos diferentes linguagens — narrativa, visual e simbólica — para tornar a aprendizagem mais envolvente, significativa e próxima da realidade dos estudantes. Ao unir literatura, raciocínio lógico e cultura, evidenciamos nosso compromisso com a formação integral dos alunos”, afirmou.

A atividade promoveu avanços importantes na aprendizagem, como a compreensão prática de conceitos como formas, simetria, ângulos e área; o desenvolvimento da habilidade de interpretação de problemas; e a valorização da cultura árabe, presente nas narrativas de Malba Tahan. A partir das figuras geométricas formadas com o Tagran, alunos puderam criar histórias aproximando o conteúdo matemático do cotidiano e das expressões artísticas.

Para o estudante A. Silva, da 5ª Etapa, a experiência marcou uma mudança na forma de ele ver a disciplina: “Eu achei o projeto muito diferente e divertido, porque a gente aprendeu matemática de um jeito que nunca tinha feito antes. As histórias do Malba Tahan fizeram a gente pensar e resolver problemas como se fôssemos parte da aventura. Também gostei muito de usar o Tangram — parecia um jogo, mas, ao mesmo tempo, eu estava aprendendo sobre formas, ângulos e figuras geométricas. O que mais me marcou foi quando criamos nossas próprias histórias com as peças. Eu percebi que a matemática não está só no caderno, mas em tudo que a gente faz. Foi uma experiência que me ajudou a entender melhor e gostar mais da matéria.”

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