Cidades

Serra: projeto destaca riqueza indígena e identidade capixaba

O objetivo foi valorizar os saberes tradicionais, a territorialidade e a identidade cultural dos povos indígenas capixabas.

Por Redação

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em 31 de maio de 2025, às 09h07

Foto: Divulgação | Governo do ES
Foto: Divulgação | Governo do ES

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Germano André Lube, lna Serra, realizou, na última quinta-feira (29), o projeto “Povos Indígenas do Espírito Santo: Cultura, Território e Equidade – Cultura indígena não é passado: é presença, resistência e saber”.

O objetivo foi valorizar os saberes tradicionais, a territorialidade e a identidade cultural dos povos indígenas capixabas, especialmente os Tupiniquim e Guarani.

A atividade contou com a participação ativa dos estudantes, organizados em equipes com funções específicas como produção textual, pesquisa, modelagem e organização do evento final.

Durante a ação, foram apresentadas maquetes do território capixaba, cartas de homenagem escritas pelos alunos, cartazes informativos, objetos simbólicos em argila, e exposições sobre temas como alimentação tradicional, arte e simbologia, saberes da natureza, idiomas, oralidades e espiritualidades indígenas.

Um dos destaques da conclusão do projeto foi a presença de representantes indígenas dos povos Guarani e tupiniquim, que compartilharam com a comunidade escolar elementos de suas culturas por meio de apresentações de música, dança e artesanato, promovendo um intercâmbio direto e significativo.

A ação foi coordenada pela professora Beatriz Xavier Domingues, da área de Geografia, com a colaboração de diferentes áreas do conhecimento.

O projeto propôs a vivência da interdisciplinaridade entre História, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática e Artes, promovendo a ampliação do repertório dos alunos e a construção de uma visão mais crítica e plural da identidade brasileira.

Segundo a professora Beatriz Xavier Domingues, o projeto proporcionou aos alunos uma aprendizagem significativa, ao integrar múltiplos saberes e promover o respeito à diversidade étnico-cultural.

“O envolvimento dos estudantes e o contato com os povos originários fortaleceram o compromisso com uma educação inclusiva e antirracista”, pontuou.

Além das produções textuais e artísticas, os estudantes também organizaram um mural com personalidades indígenas da literatura brasileira, participaram da gravação de um episódio especial do podcast escolar “Podgal”, e contribuíram com a curadoria e montagem das mesas expositivas temáticas.

Os alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também participaram da confecção dos objetos em argila.

Entre os resultados pedagógicos observados, destacam-se o fortalecimento do trabalho em equipe, a valorização da oralidade e da escuta ativa, o desenvolvimento da criatividade e da empatia, além da ampliação do conhecimento histórico, geográfico, linguístico e artístico sobre os povos indígenas do Espírito Santo.

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