Política Regional

“Vou analisar”, disse Júnior Corrêa sobre possível vaga em Brasília

O pedido de suspensão do deputado Gilvan da Federal foi formalizado pela mesa diretora da Câmara dos Deputados, após episódio ocorrido na Comissão de Segurança Pública.

Por Redação

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em 05 de maio de 2025, às 12h46

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Com o deputado federal Gilvan da Federal (PL) sob risco de suspensão por quebra de decoro parlamentar, o vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Corrêa (Novo), segundo interlocutores, tem manifestado interesse em ocupar a vaga na Câmara dos Deputados. Corrêa é o primeiro suplente da coligação, mas enfrenta obstáculos jurídicos e políticos que podem dificultar sua posse.

Ao portal AQUINOTICIAS.COM, Juninho disse que, se tiver direito, sem renunciar e ainda com a bênção do prefeito Theodorico Ferraço, ele poderá assumir a vaga na Câmara dos Deputados.
“Se eu tiver direito, sem renunciar, e o prefeito achar uma boa ideia, eu vou analisar”, disse Júnior.

Apesar de ter sido eleito pelo Partido Liberal (PL), Júnior migrou para o partido Novo, o que levanta dúvidas sobre a validade de sua suplência. Para o vice-prefeito, o antigo partido não contestou sua desfiliação no prazo legal, mantendo sua legitimidade como suplente. No entanto, especialistas em direito eleitoral alegam que esse prazo só começa a contar após a efetiva posse parlamentar, o que reabre a discussão.

Outro entrave está na vedação constitucional de acúmulo de cargos eletivos. Para assumir uma cadeira na Câmara, Corrêa teria que renunciar ao cargo de vice-prefeito, algo que ele não pretende fazer. Ele aposta em uma brecha aberta pela Câmara Municipal de Cachoeiro, que permite licença para vereadores exercerem mandatos temporários em outros cargos. A legislação, contudo, não prevê essa possibilidade para o cargo de vice-prefeito, o que gera insegurança jurídica.

Além dos aspectos legais, Júnior Corrêa estaria também avaliando os riscos políticos de uma eventual renúncia. Nos bastidores, ele é apontado como um dos principais nomes para disputar a sucessão do atual prefeito, Theodorico Ferraço (PL), em 2028. Um movimento precipitado pode comprometer suas chances eleitorais.

Gilvan da Federal pode ser suspenso por seis meses

O pedido de suspensão do deputado Gilvan da Federal foi formalizado pela mesa diretora da Câmara dos Deputados, após episódio ocorrido na Comissão de Segurança Pública. Durante audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, Gilvan dirigiu ofensas à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, atualmente licenciada do mandato de deputada federal, e ao deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada petista.

A representação assinada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), argumenta que Gilvan extrapolou os limites da liberdade de expressão e violou as prerrogativas do cargo, atacando a dignidade do Parlamento e de seus integrantes. A mesa diretora solicita ao Conselho de Ética a suspensão cautelar do mandato por seis meses e a abertura de processo disciplinar.

O Conselho de Ética tem 15 dias para deliberar sobre o pedido. Gleisi Hoffmann agradeceu o apoio de Hugo Motta, destacando que o Parlamento deve ser espaço de debate civilizado, baseado em argumentos e não em agressões.

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