Internacional

Brasil cobra Israel após prisão de ativista brasileiro em navio

A embarcação fazia parte de uma ação promovida pela Freedom Flotilla Coalition, movimento internacional que atua contra o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza.

Por Redação

2 mins de leitura

em 09 de jun de 2025, às 14h39

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta segunda-feira (9) uma nota oficial em que cobra do governo de Israel a libertação imediata dos 12 ativistas detidos após a interceptação do navio humanitário Madleen, ocorrido no domingo (8), em águas internacionais, quando a embarcação se dirigia à Faixa de Gaza com suprimentos. Entre os detidos está o brasileiro Thiago Ávila, ativista ambiental e coordenador da Freedom Flotilla Coalition.

Ao destacar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Itamaraty afirma que “o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”. A nota também ressalta a posição do governo brasileiro em defesa do acesso humanitário à população palestina e reforça que “Israel deve remover imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante”.

A embarcação fazia parte de uma ação promovida pela Freedom Flotilla Coalition, movimento internacional que atua contra o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. O objetivo da missão era criar um corredor humanitário marítimo para entrega de alimentos e medicamentos à região. Além de Ávila, estavam a bordo a ativista sueca Greta Thunberg e outros dez defensores de direitos humanos de diversas nacionalidades.

A operação israelense ocorreu após declaração do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que determinou que o Exército impedisse a chegada da embarcação a Gaza. Gallant também antecipou que os ativistas seriam escoltados e posteriormente deportados.

Em nota, o Itamaraty informou que as embaixadas brasileiras na região estão mobilizadas e prontas para prestar a assistência consular necessária, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e as normas do direito internacional.

A detenção de ativistas humanitários em uma ação pacífica reacende o debate sobre o bloqueio à Faixa de Gaza e a atuação de Israel em áreas fora de sua jurisdição. O posicionamento firme do governo brasileiro aponta para uma crescente tensão diplomática e reforça a pressão internacional por uma solução humanitária ao conflito no Oriente Médio.

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