Câmara aprova projeto milionário e causa revolta em Vargem Alta
O projeto foi alvo de críticas de setores que temem os reflexos sobre a sustentabilidade da previdência municipal.

A Câmara Municipal de Vargem Alta aprovou, na tarde de terça-feira (10), por 9 votos a 1, o Projeto de Lei Substitutivo nº 02/2025, que cria um subgrupo salarial exclusivo para cargos médicos. A medida altera a Lei nº 908/2011 e institui remunerações elevadas para cinco profissionais, incluindo uma médica da ativa, que é a esposa do prefeito Elieser Rabello, e quatro já aposentados.
A proposta gerou forte debate entre os parlamentares. Única a votar contra, a vereadora Eliane Turini (PSB) criticou a iniciativa por desconsiderar a defasagem nos salários dos demais servidores e apontou um impacto anual de cerca de R$ 593 mil no Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Vargem Alta (Ipreva). “É um projeto irresponsável e injusto”, afirmou, ressaltando que a valorização dos médicos não pode ocorrer em detrimento dos demais trabalhadores do município.
Já a vereadora Ana Ignês Cereza (Podemos) defendeu a proposta, alegando que o prefeito prometeu enviar, até agosto, um projeto de reajuste para todos os servidores. O vereador Rivelino Rosa (MDB), embora favorável, demonstrou preocupação: “É um teste. Prefiro arriscar. Vamos rezar para que dê certo e não quebre o Ipreva”.
Votaram a favor: Iquinho Fávero (PSB), Elder Galvão (PDT), Almezindo Betini (MDB), Ronaldinho Motta (PL), Vicenti Marques (Podemos), Djalma (PSB), Edinho de Backer (MDB), Ana Ignês Cereza (Podemos) e Rivelino Rosa (MDB). O presidente da Câmara, Celim Sartóri, não vota.
O projeto foi alvo de críticas de setores que temem os reflexos sobre a sustentabilidade da previdência municipal. O portal AQUINOTICIAS.COM procurou o prefeito Elieser Rabello e a Câmara de Vereadores, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.
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