Estudantes de Afonso Cláudio participam de aula de campo em Cachoeiro
A ação buscou valorizar a cultura afro-brasileira, promover a consciência socioambiental, incentivar o respeito à diversidade étnico-racial e estreitar os laços entre escola e comunidade.

Estudantes do 7º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Giestas, localizada em Afonso Cláudio, participaram, no dia 17 de junho, de uma aula de campo na Comunidade Quilombola de Monte Alegre, em Pacotuba, no município de Cachoeiro de Itapemirim.
A visita integrou os componentes curriculares de História, Geografia, Ciências e Arte, e teve como propósito aproximar os estudantes de saberes ancestrais, fortalecendo uma educação antirracista e conectada com a realidade brasileira.
Durante a atividade, os estudantes foram acolhidos com um café comunitário e, em seguida, participaram de uma trilha ecológica pela Floresta Nacional de Pacotuba. A apresentação oral foi conduzida por Leonardo Marcelino Ventura, morador, pesquisador da Comunidade Quilombola de Monte Alegre, graduado em Turismo Rural e autor do livro “Simplesmente Monte Alegre”.
Ventura ministrou uma palestra aos alunos abordando a colonização da região, o surgimento de fazendas e, principalmente, a formação da Comunidade Quilombola de Monte Alegre. A fala também tratou de aspectos culturais dos quilombolas, como religiosidade, manifestações culturais, agricultura familiar e a importância da visitação escolar como forma de valorização e preservação da memória coletiva.
A ação buscou valorizar a cultura afro-brasileira, promover a consciência socioambiental, incentivar o respeito à diversidade étnico-racial e estreitar os laços entre escola e comunidade. Além disso, a atividade teve o objetivo de movimentar o tema das relações étnico-raciais no ambiente escolar, contribuindo para o enfrentamento do racismo e a promoção de uma educação antirracista.
Para a professora Danilia Lopes da Silva, responsável pela atividade, a aula de campo foi mais que uma visita. “Foi uma oportunidade para os alunos sentirem, ouvirem e dialogarem com a história viva do nosso país,. Ao conhecer a Comunidade Quilombola de Monte Alegre, eles se conectaram com saberes ancestrais, valorizaram a resistência do povo negro e perceberam como a cultura, o meio ambiente e a educação caminham juntos na construção de uma sociedade mais justa. É assim que movimentamos o tema das relações étnico-raciais dentro da escola de forma viva, crítica e transformadora”, disse.
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