
Com criatividade, sensibilidade e expressão artística, estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Pedro Simão, localizada no município de Alegre, desenvolveram uma nova proposta nas aulas da disciplina de Arte e Animação.
A atividade teve como foco o uso do carvão como principal matéria-prima na criação de personagens para animações, que resultou em uma mostra artística e na participação na 5ª edição do Salão de Artes Visuais (V SAV), promovido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) – Campus Cachoeiro de Itapemirim.
A iniciativa foi conduzida pela professora Julia Keyse Santos, que propôs aos alunos um mergulho criativo nas possibilidades expressivas do carvão, incentivando a observação sensível das próprias características e dos colegas. A proposta do projeto buscou ampliar a percepção estética e comunicacional dos estudantes, estimulando a reflexão sobre as múltiplas possibilidades de transformação das obras — desde o desenho até a narrativa — e como essas criações podem se desdobrar em sentidos, histórias e formas de comunicação visual. Como parte do processo, foi realizado um stop motion para dar vida aos personagens e registrar o percurso criativo.
“O mais significativo foi ver os alunos se reconhecendo como artistas e se sentindo parte de um espaço legítimo de produção cultural. Levar essas obras para uma instituição como o Ifes é valorizar o protagonismo juvenil e mostrar que a arte feita na escola também tem voz”, destacou a professora Julia Keyse Santos.
Os alunos demonstraram grande engajamento durante todo o processo, desenvolvendo habilidades técnicas relacionadas à observação, à construção de personagens e à aplicação do carvão como linguagem visual.
O ponto alto foi a seleção e participação dos trabalhos na 5ª edição do Salão de Artes Visuais (V SAV), promovido pelo Ifes. A experiência de ver suas obras expostas em um espaço artístico respeitado, ao lado de artistas de diferentes níveis, trouxe um sentimento real de pertencimento e reconhecimento. Os alunos passaram a se ver como produtores culturais e agentes criativos, compreendendo o valor e a potência de suas expressões artísticas.
“Foi muito legal fazer essa atividade. Se sujar um pouco foi divertido, ainda mais para fazer arte. Ficamos muito felizes com a nossa arte sendo exposta”, contou Ronaldo José Henrique Filho, da 3ª série do curso técnico em Design Gráfico.
Já para a aluna Marcela Ferraz da Silva Maciel, também da 3ª série do curso técnico em Design Gráfico, a experiência despertou reflexões mais amplas: “Movimentou muitas ideias, como a vida da mulher do período primitivo até hoje. Estarmos com nossa obra na Mostra Visual é ampliar nossa consciência de reflexão sobre o mundo”.
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