Rio Novo do Sul

Servidor vai preso e vereador usa tornozeleira em Rio Novo do Sul

A denúncia do Ministério Público inclui os crimes de associação criminosa, peculato, não repasse de contribuições à seguridade social, além de falsificação de documento público e peculato digital.

Por Redação

3 mins de leitura

em 12 de jun de 2025, às 12h53

Foto: Reprodução | TCES
Foto: Reprodução | TCES

A Justiça determinou a prisão preventiva do servidor público Leandro José dos Santos Santana e o uso de tornozeleira eletrônica para o vereador Rodolpho Longue Diir e o também servidor Daniel da Silva, todos acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Câmara Municipal de Rio Novo do Sul. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça do município.

Os três investigados foram afastados de seus cargos públicos. Eles são alvos de denúncia criminal com base nas investigações da Operação Sangria, deflagrada em março pelo MPES com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Assessoria Militar do MP.

De acordo com o MPES, o grupo teria desviado mais de R$ 545 mil dos cofres públicos, causando ainda danos extrapatrimoniais superiores a R$ 1 milhão. O servidor Leandro Santana é apontado como o principal responsável pelas fraudes, com apoio direto de Daniel da Silva e do então presidente da Câmara, Rodolpho Diir, durante o biênio 2023-2024.

A denúncia do Ministério Público inclui os crimes de associação criminosa, peculato, não repasse de contribuições à seguridade social, além de falsificação de documento público e peculato digital. O órgão também solicita a condenação solidária dos acusados ao ressarcimento dos valores desviados e ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 1.091.829,78.

Durante a Operação Sangria, foram apreendidos computadores, celulares e documentos considerados fundamentais para fortalecer as provas já reunidas na investigação. A ação contou com a participação de 12 policiais e de promotores da comarca e do GAECO.

A reportagem entrou em contato com os citados, porém, até a públicação desta matéria não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

O que dizem os citados?

A reportagem procurou o servidor Leandro José dos Santos Santana e o vereador Rodolpho Longue Diir, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Já o servidor Daniel da Silva, por meio de nota, expressou indignação com as acusações e afirmou ser inocente.

“Diante das recentes acusações que venho sofrendo, manifesto minha total indignação e reafirmo minha inocência. Nunca respondi a qualquer tipo de processo judicial ou administrativo em meu desfavor, nem jamais obtive qualquer vantagem ilícita relacionada a recursos públicos. Estou à inteira disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários e confio plenamente na Justiça para que os fatos sejam devidamente apurados e a verdade prevaleça”, declarou.

O espaço permanece aberto para futuras manifestações dos citados.

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