
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, obteve a condenação de Vinicius de Vargas Nascimento Viana e Hugo Barbosa Marques a uma soma de 52 anos de prisão pelo homicídio que vitimou o empresário Fabrício Ramos Spolador. Os réus, que estavam presos preventivamente, cumprirão a sentença em regime inicialmente fechado.
O Tribunal do Júri foi realizado nessa terça-feira (08/07), no Salão do Júri do Fórum Desembargador Horta Araújo, no município. O Promotor de Justiça Lucas Lobato La Rocca representou o Ministério Público e, acompanhando pelas assistentes de acusação Letícia França e Mariana França, sustentou as provas da denúncia, que foram essenciais para que o júri condenasse ambos os réus pelos crimes de:
- homicídio duplamente qualificado, cometido mediante pagamento de recompensa, por motivo torpe e mediante dissimulação: pena de 23 anos e 4 meses;
- porte de arma de fogo: 2 anos e 9 meses;
- total da pena de cada um:26 anos e 1 mês.
Conforme a denúncia, o homicídio foi cometido mediante pagamento e premeditação, com a participação de outros dois envolvidos, Thiago Batista Souza e o suposto mandante, Anderson da Silva Porto, que ainda não foram julgados nesta data por estarem com recurso pendente de julgamento junto ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 24 de dezembro de 2021, véspera do Natal, no Bairro Rui Pinto Bandeira, em Cachoeiro de Itapemirim. Vinicius de Vargas Nascimento Viana, a mando de Anderson da Silva Porto, e com participação de Hugo Barbosa Marques, matou a vítima Fabrício Ramos Spolador com disparos de arma de fogo.
O crime foi motivado por ciúmes do réu Anderson em relação a um antigo caso que a sua então namorada teve com a vítima. Ele planejou uma vingança em conluio com os Vinicius e Hugo, mediante um pagamento de R$ 10 mil e uma quantidade de drogas a Vinicius.
Como Fabrício viajaria e só retornaria à cidade em janeiro, Anderson entrou em contato com Vinicius um dia antes para apressar o plano de vingança. Utilizando um aparelho celular pertencente ao seu primo, o réu Thiago Batista Souza, Vinicius manteve contato com a vítima, passando-se por um cliente, e simulou uma compra de carne, afirmando que “seu sobrinho” buscaria no dia seguinte.
No dia do crime, Vinicius entra em contato novamente com a vítima informando que “o sobrinho” estava a caminho do comércio. Ao chegar no local, Vinicius entra, toma o celular dele e efetua disparos de arma de fogo contra a vítima.
O réu fugiu do local do crime, descartou o celular da vítima e se encontrou com Thiago, que devolveu a arma de fogo pertencente a Hugo.
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