Cultura

Dan Abranches inaugura nova fase da carreira com álbum visual

O trabalho é fruto de um processo criativo fluido, que durou cinco meses e que se reflete na escolha do nome: é doce e amargo, traduzindo as nuances presentes no repertório

Por Redação

5 mins de leitura

em 08 de jul de 2025, às 11h28

Foto: Flora Fiorio e Julia Sato
Foto: Flora Fiorio e Julia Sato

Com influências que vão do rap à MPB passando pelo neo soul, o álbum “Agridoce”, do cantor Dan Abranches, traz em cada faixa um pequeno universo. Inicia com canções românticas, leves e alegres, como o início de um relacionamento e, ao passar dos minutos, mergulha em momentos introspectivos, o disco finaliza com músicas grandiosas, mostrando que há potência mesmo no fim. O trabalho é fruto de um processo criativo fluido, que durou cinco meses e que se reflete na escolha do nome: é doce e amargo, traduzindo as nuances presentes no repertório.

Ouça “Agridoce” nos streamingshttps://onerpm.link/266136453266

“Acredito no tempo da arte e não gosto de me forçar a criar apenas por pressão da indústria. A música, pra mim, vem de um lugar espiritual – é onde me expresso, onde deixo minhas impressões sobre o que vi, vivi e aprendi. Em 2024, me senti pronto para criar algo novo. Estabeleci uma dinâmica diferente, com início, meio e fim definidos, me desafiando a ser menos perfeccionista e a respeitar a simplicidade e a naturalidade das coisas. Queria algo sincero, em que eu me sentisse mais livre, em um processo orgânico – gravando instrumentos reais, experimentando novas possibilidades sonoras e escrevendo letras genuínas”, avalia Dan Abranches.

Com 13 faixas, o disco foi produzido com recursos do Funcultura (SECULT-ES) e parte do próprio significado da palavra “agridoce”: algo que causa, ao mesmo tempo, prazer e amargura. É neste novo álbum que o artista canta amores solares, mas também aborda temas como solidão, apagamento e críticas sociais, com destaque para a faixa “Trans-cendental” com Winnit (SP), vencedor do Red Bull FrancaMente e a faixa “Maçã” com arranjo de cordas do Bruno Santos (Jorge Aragão, Anitta, Ivete Sangalo, entre outros).

“Tenho orientado minha carreira para uma música mais fluída e ‘Agridoce’ marca essa caminhada do eletrônico para o orgânico, sendo o meu primeiro trabalho a incluir baterias reais (que fiz os arranjos), além de beats, quarteto de cordas, coral e outros instrumentos. Fazer um álbum tem altos custos, e esse processo só foi possível graças ao apoio do projeto Funcultura, pelo qual fui contemplado”, destaca Dan. 

Conheça Dan Abranches

Dan Abranches é cantor, compositor e produtor musical. Além de colaborar com diversos artistas, ele também assina a produção de seus próprios trabalhos desde o início da carreira. Sua história na música inicia com o EP “Ruby” (2017) que mescla beats, sintetizadores e R&B. A partir deste lançamento foi criada a performance solo inédita em que tocava todos os instrumentos ao vivo, enquanto manipulava efeitos vocais. Com esta inovação tocou em festivais como a Fábrica Lab e o Viradão Vitória.Em 2019, participou do programa The Voice Brasil e assim, tornou-se conhecido nacionalmente. 

Após o programa, lançou o single e clipe “Dark Cloud”, viabilizado por via de uma vaquinha entre os fãs. Durante a pandemia, produziu o EP “Flor de Laranjeira” (2020), trabalho de maior alcance que superou a casa de 1 milhão de streams nas plataformas de música. Em 2021, com recursos do Funcultura, lançou o álbum de estreia, “Titan”, álbum experimental que aborda o processo de transição de gênero e traz collabs com artistas trans como Afronta MC e Pê Lopes. Em 2025, sua carreira ganha um novo capítulo com “Agridoce”, segundo álbum, que traz 13 faixas que circulam entre referências como a MPB, o blues e o neo soul. 

“Como homem trans, sigo construindo uma carreira pautada na liberdade criativa, na performance e no diálogo com a diversidade”, define Dan Abranches.

Nesta primeira década de carreira, Dan Abranches já circulou por diversos palcos da região sudeste, tais como o Circo Voador (RJ), o Sesc Consolação (SP), o Sesc Glória (ES) e o festival Movimento Cidade (ES), para mais de 100 mil pessoas. E ainda, foi premiado nas categorias “Melhor Artista” (2022) e “Melhor Compositor” (2024), no Prêmio da Música Capixaba, e ainda, foi escolhido como “Melhor Cantor”, no Prêmio Super da Cultura Capixaba (2024).

Ficha técnica 

A produção musical, a composição e os arranjos ficaram por conta de Dan Abranches. As captações foram realizadas por Dan Abranches e Ricardo Ton, enquanto a mixagem e a masterização ficaram a cargo de Dan Abranches e Edu Donna. As baterias foram gravadas por Rafael Borges e Natalia Arrivabene; o baixo teve participação de Izaque Hortêncio e do próprio Dan Abranches. Nas guitarras, Jay Sant e Dan Abranches, e no violão de nylon, Daniel Silva. Os teclados e synths ficaram sob responsabilidade de Geremias Rocha e Dan Abranches. Os coros foram interpretados por Luiza Dutra, Leonardo Chamoun e S.Y.M.A. O projeto também contou com as participações especiais de Winnit, S.Y.M.A e Elaine Augusta.

O arranjo de cordas é assinado por Bruno Santos, executado por um quarteto formado por Adriana Vinand e Jacqueline Lima nos violinos, Christian Munawek no cello e Ildefonso Inacio na viola.

A direção criativa visual da capa e o conceito geral foram desenvolvidos por Flora Fiorio, que também assina os visualizers, com exceção do vídeo de “Pra te ver”, gravado pela dupla de diretores MAGU. A direção de fotografia é de Marina Abranches e o design gráfico, incluindo tipografias, ficou nas mãos de Natan Costa. O elenco do clipe de “Melanina” contou com os dançarinos Ricardo Reis e Amanda Luzia.

O projeto foi realizado com recursos do Funcultura, por meio do Governo do Espírito Santo.

Acompanhe Dan Abranches

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui