
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Ana Monteiro de Paiva, localizada em Alegre, promoveu a apresentação da quadrilha afro junina “Nas Terras do Quilombo: Amor, Resistência e Festa!”. A atividade reuniu alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, sendo a finalização de um trabalho interdisciplinar que uniu elementos da cultura afro-brasileira às tradicionais festas juninas.
A iniciativa foi organizada pelos professores Ronilson Oliveira Paulino, de Geografia, e Ulysses Santos Liberatori, de Sociologia e Filosofia. Os estudantes participaram da construção do roteiro, escolha das músicas, criação das coreografias e produção dos figurinos e adereços afro juninos.
Durante a apresentação, o professor Ronilson Paulino fez a narração explicando, em tempo real, cada elemento cultural e histórico representado. Entre os destaques estavam a dança da colheita, o casamento afro, a dança do xirê e o tradicional bate-flechas, todos simbolizando resistência, espiritualidade e celebração das raízes afro-brasileiras. Ao som de tambores, berimbau e cantos tradicionais, o professor Ulysses Liberatori mesclou ritmos afro-brasileiros ao samba junino, criando uma atmosfera vibrante.
Valorizar a cultura afro-brasileira
A proposta teve como objetivos valorizar a cultura afro-brasileira por meio das festividades juninas, estimular o respeito à diversidade étnico-racial, promover o protagonismo estudantil na criação de narrativas culturais e trabalhar de forma lúdica conteúdos de História, Geografia, Arte, Língua Portuguesa e Sociologia.
O projeto permitiu aos estudantes desenvolverem competências socioemocionais, criatividade, trabalho em grupo e consciência histórica. Os alunos demonstraram maior compreensão sobre os impactos da escravidão, a importância dos quilombos e das festas como espaços de resistência cultural. Houve também avanço na oralidade, expressão corporal e apropriação dos símbolos da cultura afro-brasileira.
“Foi emocionante ver os alunos se reconhecendo como parte ativa da história afro-brasileira. A quadrilha não foi apenas uma apresentação, mas uma aula viva de cidadania e cultura. Cada passo de dança contava uma história de luta, amor e resistência”, destacou o professor Ronilson Oliveira Paulino.
“Eu nunca tinha dançado quadrilha falando de quilombo. Aprendi que festa também é lugar de lutar, lembrar dos nossos ancestrais e mostrar que a gente tem orgulho da nossa cor. Foi a melhor festa junina que já participei!”, disse a estudante Rhutyelly Narcizo de Andrade.
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