
A Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Graúna, situada na comunidade quilombola Graúna, em Itapemirim, retomou as atividades letivas após o recesso escolar com ações que reafirmam seu compromisso com uma educação contextualizada, voltada para a valorização da cultura quilombola e o fortalecimento da identidade dos estudantes. Funcionando em prédio moderno desde 2017, a unidade passou a ser oficialmente reconhecida como escola quilombola em 2021. Desde então, vem desenvolvendo um trabalho pedagógico que valoriza a cultura, os saberes tradicionais e a identidade quilombola, articulando teoria e vivência no cotidiano escolar.
As disciplinas ganham nomes adaptados à realidade local — Matemática é chamada de Étno-Cálculo e Língua Portuguesa é trabalhada junto às Narrativas Quilombolas, refletindo a preocupação da escola com uma abordagem pedagógica que respeita e representa os estudantes. A volta às aulas é marcada por atividades integradoras, acolhimento e retomada de projetos importantes, como o grupo de dança “Raízes”, coordenado pela professora quilombola Raylane Santos, e a corporação musical COMUSGRA, constituída por estudantes quilombolas, com acompanhamento de um maestro.
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A escola também conta com uma horta escolar, cultivada com apoio de um morador da comunidade quilombola, onde os estudantes aprendem, na prática, sobre cultivo, preservação ambiental e cultura alimentar tradicional.
Outro destaque é a forma de contratação dos professores, que dá prioridade a profissionais da própria comunidade quilombola, fortalecendo os laços entre escola e território.
Em 2026, a unidade dará mais um passo em sua trajetória: passará a ofertar o Ensino Médio, ampliando o acesso à educação para os jovens quilombolas e reafirmando seu papel como espaço de resistência, aprendizado e pertencimento.
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