Economia

Tarifa anunciada por Donald Trump preocupa setor de rochas no ES

Além de uma possível queda nas exportações, o mercado interno também pode perder competitividade frente a outros fornecedores como Itália e China.  

Por Flavio Cirilo

2 mins de leitura

em 10 de jul de 2025, às 08h59

Foto: Divulgação | Stone Fair
Foto: Divulgação | Stone Fair

A tarifa de 50% anunciada nesta quarta-feira (9) por Donald Trump sobre produtos brasileiros terá impacto direto no mercado de exportação do Espírito Santo, sobretudo, no setor de rocha.

Em 2024, segundo a Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), o mercado norte-americano respondeu por 56,3% das exportações brasileiras do setor, totalizando US$ 711,1 milhões. Desse montante, o Espírito Santo concentrou 82,3%, com US$ 672,4 milhões destinados aos Estados Unidos.

Além de uma possível queda nas exportações, o mercado interno também pode perder competitividade frente a outros fornecedores internacionais.

“A nova alíquota coloca o Brasil em desvantagem competitiva frente a outros fornecedores internacionais, como Itália, Turquia, Índia e China, que enfrentarão tarifas inferiores. A medida ameaça o desempenho de mais de 200 empresas exportadoras brasileiras e compromete uma cadeia produtiva que gera cerca de 480 mil empregos diretos e indiretos no país”, explica a Centrorochas.

A combinação de retração na demanda externa e instabilidade na cadeia produtiva, ainda pode trazer efeitos negativos na economia regional, como, por exemplo, o aumento do desemprego, uma vez que o setor de rochas é responsável por gerar, em média, 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos no Espírito Santo.

A Centrorochas está monitorando a situação e dialogando com autoridades brasileiras e parceiros institucionais para buscar soluções que minimizem os impactos da medida, assegurem a previsibilidade das relações comerciais e preservem o espaço do Brasil no mercado norte-americano.

Entre as novas taxas divulgadas pelo presidente norte-americano, essa é a mais alta até agora. O Brasil está entre os países que receberam o comunicado da nova taxação, que começará a ser cobrada a partir do dia 1º de agosto, caso o país não se disponha a firmar um acordo comercial com os EUA.

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