Tecnologia

10 curiosidades sobre os primeiros computadores da história

Redação Redação

A tecnologia que hoje carregamos no bolso, com poder de processamento capaz de realizar bilhões de cálculos por segundo, nasceu de máquinas enormes, complexas e limitadas. Os primeiros computadores da história, desenvolvidos entre as décadas de 1930 e 1950, foram fundamentais para moldar o mundo digital que conhecemos. Embora fossem gigantes, lentos e restritos a usos científicos e militares, eles abriram caminho para os dispositivos que hoje usamos no trabalho, no lazer e na comunicação.

Para entender como chegamos até os notebooks ultrafinos e smartphones potentes, vale conhecer algumas curiosidades sobre essas máquinas pioneiras que transformaram para sempre a relação da humanidade com a informação.

1. O primeiro computador eletrônico ocupava uma sala inteira

O ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer), construído nos Estados Unidos entre 1943 e 1945, é considerado o primeiro computador eletrônico de uso geral. Ele pesava cerca de 27 toneladas e ocupava um espaço de aproximadamente 167 m². Sua estrutura incluía quase 18 mil válvulas, que precisavam ser constantemente substituídas devido ao desgaste.

2. Os primeiros computadores eram programados manualmente

Nos dias de hoje, trocar um software é simples: basta instalar ou atualizar o programa. Já no ENIAC e em outros computadores da época, cada alteração exigia a reconfiguração manual de cabos e chaves. Programar era literalmente “reconstruir” o computador para executar uma nova função, um processo que podia levar dias.

3. A CPU já era o “cérebro” da máquina

Mesmo nas primeiras gerações, o conceito de Unidade Central de Processamento já existia. Embora fosse composta por válvulas e relés, a CPU centralizava a execução das operações lógicas e matemáticas. Hoje, quem pesquisa sobre a melhor CPU preço encontra opções muito mais acessíveis e compactas, resultado de décadas de avanços na miniaturização e na eficiência dos componentes.

4. O primeiro computador eletrônico europeu foi construído em segredo

Durante a Segunda Guerra Mundial, o engenheiro alemão Konrad Zuse desenvolveu o Z3 (1941), considerado o primeiro computador programável totalmente automático. O trabalho de Zuse foi parcialmente financiado pelo governo nazista, mas, por questões estratégicas, permaneceu pouco conhecido fora da Alemanha por muitos anos.

5. As mulheres tiveram papel fundamental na programação inicial

As primeiras programadoras de computadores foram mulheres, e seu trabalho foi essencial para a história da tecnologia. Um exemplo marcante é o grupo conhecido como “As Seis do ENIAC” – Kay McNulty, Betty Jennings, Betty Snyder, Marlyn Wescoff, Fran Bilas e Ruth Lichterman – que programavam o ENIAC e desenvolveram técnicas pioneiras de codificação.

6. Computadores eram usados para cálculos militares e científicos

O principal objetivo das primeiras máquinas era realizar cálculos complexos rapidamente. Durante a Segunda Guerra Mundial, eles foram usados para projetar trajetórias balísticas, decifrar códigos e realizar simulações científicas. No pós-guerra, passaram a ser aplicados em pesquisas espaciais e estudos avançados de engenharia.

7. O primeiro computador comercial surgiu nos anos 1950

O UNIVAC I (Universal Automatic Computer), lançado em 1951, foi o primeiro computador produzido em escala para uso comercial. Bancos, empresas de seguros e órgãos governamentais começaram a adotá-lo para processar grandes quantidades de dados, inaugurando a era da informática corporativa.

8. A memória era feita de linhas e anéis

Antes dos chips de silício, a memória dos computadores era construída com fios e pequenos anéis magnéticos: a chamada memória de núcleo de ferrite. Essa tecnologia, usada até meados dos anos 1970, permitia armazenar dados de forma não volátil, ou seja, sem perder as informações quando a energia era desligada.

9. As primeiras impressoras eram ruidosas e lentas

Embora a saída de dados nos computadores iniciais fosse frequentemente feita em cartões perfurados ou fitas de papel, já existiam impressoras rudimentares. Elas utilizavam mecanismos mecânicos para imprimir letras e números, mas o processo era tão lento que documentos simples podiam levar horas para serem gerados.

10. O preço era proibitivo para a maioria das empresas

Na década de 1950, um computador como o UNIVAC I custava o equivalente a milhões de dólares atuais. Além do valor da máquina, era necessário manter equipes especializadas para operá-la e realizar manutenção constante. Não é exagero dizer que, à época, apenas governos e grandes corporações podiam bancar esse investimento.

Dos gigantes às máquinas de bolso

O salto tecnológico desde os primeiros computadores é impressionante. Em poucas décadas, saímos de máquinas que ocupavam salas inteiras para dispositivos que cabem na palma da mão. Hoje, um smartphone médio possui milhares de vezes mais poder de processamento que o ENIAC – e consome infinitamente menos energia.

Esse avanço só foi possível graças à miniaturização dos componentes e à evolução de tecnologias como o transistor e o circuito integrado, que substituíram válvulas e relés. Com isso, a informática deixou de ser exclusiva de governos e empresas para se tornar parte do cotidiano de bilhões de pessoas.

O impacto na sociedade e o consumo de tecnologia

O barateamento e a popularização dos computadores mudaram não apenas a economia, mas também a forma como as pessoas trabalham, se comunicam e se divertem. Se antes era impossível imaginar que indivíduos comuns teriam acesso a tanta capacidade de processamento, hoje é comum ver famílias inteiras utilizando múltiplos dispositivos conectados.

Esse cenário também transformou o mercado de tecnologia em períodos de grande consumo, como a época da Black Friday, quando a busca por computadores, notebooks e acessórios dispara. Nesses momentos, consumidores aproveitam para atualizar seus equipamentos, adquirindo modelos mais rápidos, leves e eficientes.

A importância de preservar a história da computação

Muitos dos computadores pioneiros foram desmontados ou destruídos, mas museus e universidades ao redor do mundo se dedicam a restaurar e manter essas máquinas históricas em funcionamento. Preservar essa herança é fundamental para entender como chegamos ao estágio atual da tecnologia e para inspirar novas gerações de engenheiros e cientistas.

Conhecer essas curiosidades não é apenas um exercício de nostalgia, mas também um lembrete de que a inovação é um processo contínuo. Cada avanço que hoje parece corriqueiro é resultado de décadas de trabalho, experimentos e descobertas. E talvez, no futuro, nossos dispositivos atuais sejam vistos como tão rudimentares quanto os primeiros computadores da história.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui