
Em uma leitura dramatizada do texto “Cota Não É Esmola”, da autora Bia Ferreira, Lyara Vicente da Silva, ex-aluna e atual mediadora de leitura do projeto, emocionou o público e deixou clara a relevância do projeto para a promoção da igualdade racial. Músicas como “Olhos Coloridos” e “Maria, Maria” fizeram parte do repertório dos alunos, que também realizaram outras leituras.
O evento reuniu alunos, professores e membros da comunidade cultural de Vargem Alta, além de autoridades locais. O curador do projeto e Doutor em Letras, Raoni Huapaya, apresentou o Vila Quilombo aos presentes, ressaltando que o coletivo tem como objetivo promover a igualdade racial por meio da literatura, por meio da realização de encontros de leitura e oficinas de escrita criativa, onde os alunos podem discutir, refletir e escrever sobre questões raciais presentes em seu dia a dia. “Os textos produzidos pelos alunos serão reunidos em uma coletânea ao final do ciclo, em novembro deste ano”, explicou o professor.
O assessor e curador do projeto, Valmir Luis Saldanha, destacou o impacto do Vila Quilombo na vida dos alunos ao permitir que eles saiam da escola sendo autores de um livro. “O que vemos aqui são alunos concluindo uma etapa, a do ensino médio, e entrando na vida como escritores”, comentou o Doutor em Letras.
A Analista de Sustentabilidade da Reserva Águia Branca, Aline Lobato, destacou a importância de iniciativas como o Vila Quilombo, que é patrocinado pelo Grupo Águia Branca, para promover a igualdade racial e o compartilhamento de saberes, propósitos alinhados aos do grupo. “O Grupo Águia Branca, por meio da Reserva, para além da proteção ambiental, também apoia iniciativas sociais e culturais que têm como objetivo conscientizar as pessoas em prol de uma sociedade mais justa, como é o caso do Vila Quilombo, um projeto que busca promover a igualdade racial por meio da literatura”, ressalta a analista.
Sobre o Vila Quilombo
O projeto teve início em 2024, com cinco alunos do Ensino Médio oriundos do Quilombo Pedra Branca, que faziam parte da iniciação científica “Vila Quilombo: trilhas literárias antirracistas sob a perspectiva de Lima Barreto”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e realizado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
Neste ano, graças ao patrocínio do Grupo Águia Branca por meio da Lei de Incentivo Cultural (Rouanet), o projeto foi ampliado e, atualmente, conta com diversos integrantes, que leem e discutem não só a obra de Lima Barreto, mas de outros autores que abordam a perspectiva racial em suas obras, como Jeferson Tenório, Itamar Vieira Júnior, Conceição Evaristo, entre outros. Além disso, as oficinas de escrita criativa, com o propósito de criação de um livro, são uma das novidades deste ano.
As novidades do projeto podem ser acompanhadas no Instagram do projeto: instagram.com/projetovilaquilombo.
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