
Se você é pai ou mãe, com certeza já ouviu falar sobre o “temido” Cabelo Maluco, famoso nas escolas durante as primeiras semanas de outubro por causa da Semana das Crianças.
Mas o que é o Cabelo Maluco, afinal?
O Dia do Cabelo Maluco é uma prática que surgiu nos Estados Unidos e se popularizou no Brasil, especialmente nas escolas e creches. O objetivo é estimular a imaginação e a criatividade das crianças, que criam penteados com cores vibrantes, acessórios, formas inusitadas e elementos lúdicos.
Então, o que há de errado nessa brincadeira?
O problema é que muitos pais — e, na maioria das vezes, as mães — transformam a atividade em uma competição. Disputam entre si para ver qual criança vai estar mais arrumada, mais diferente, e o que era para ser “maluco” se torna um desfile de exageros e desconforto.
Em uma publicação, uma mãe contou que acordou a filha às 4h da manhã para preparar os penteados. Outras exibem nas redes sociais quem gastou mais para conquistar um “prêmio” que só existe na cabeça delas.
Laquê, gel, liguinhas, apliques, grampos, arames… não há limites! As crianças aprendem em casa que é uma competição e reproduzem isso na escola, comparando o próprio visual ao dos colegas com penteados mais simples.
Uma mãe usou as redes sociais para desabafar sobre a tristeza da filha, que chegou em casa chorando após ser alvo de risadas por causa do penteado. O motivo? Enquanto ela estava com o cabelo decorado com uma boneca e spray rosa, outra desfilava um verdadeiro espetáculo com luzes de pisca-pisca. Dá para imaginar qual delas sofreu bullying?
A verdade é que a ideia do Cabelo Maluco é ótima, divertida e até educativa, pois promove um momento criativo entre pais e filhos e interação entre alunos e professores. Mas, muitas vezes, as crianças nem sequer podem escolher o próprio penteado, apenas são obrigadas a participar da mais nova “competição mundial”: o Dia do Cabelo Maluco.
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