Segurança

Operação Fake Whey retira do mercado biscoitos com rótulos falsos no ES

Os produtos apreendidos pertencem à marca “Whey Viv Fit”, nos sabores amendoim, cookies, banana, suspiro, gergelim e coco.

Dayanne Farias Dayanne Farias

Biscoitos paula ferreira ales
Foto: Paula Ferreira/Ales

Uma força-tarefa de autoridades do Espírito Santo resultou na apreensão de 3.968 pacotes de biscoitos de uma marca do Rio de Janeiro. Segundo informações da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), a ação, batizada de Operação Fake Whey, identificou que o teor de proteína presente nos produtos era, em média, metade do valor indicado nos rótulos.

Nesse sentido, a ação foi realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa (Ales), pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) e pelo Procon-ES.

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Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (14), durante coletiva na sede da Decon, no Espaço Assembleia Cidadã. Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, o deputado Vandinho Leite (PSDB) explicou que a operação teve início após denúncias de consumidores insatisfeitos com os resultados de produtos vendidos como ricos em proteína.

“Após as denúncias, encaminhamos amostras ao Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado da Saúde, que comprovou a divergência entre o conteúdo e o informado nas embalagens. Com base nesses resultados, realizamos a apreensão dos lotes”, afirmou o parlamentar.

Vandinho destacou que a fraude representa um risco à saúde e ao bolso da população. “É uma violação grave. As pessoas investem caro em produtos para controle nutricional e acabam enganadas. Essa prática afeta diretamente o consumidor e sua segurança alimentar”, reforçou.

A diretora-geral do Procon-ES, Letícia Coelho, confirmou que o órgão determinou a suspensão imediata da venda dos biscoitos analisados em todo o Estado. Os produtos apreendidos pertencem à marca “Whey Viv Fit”, nos sabores amendoim, cookies, banana, suspiro, gergelim e coco.

“Os comerciantes, por ora, não são considerados culpados, mas precisam retirar os produtos das prateleiras. Caso descumpram a determinação, podem ser responsabilizados solidariamente e multados em até R$ 14 milhões”, alertou Letícia. Ela acrescentou que o Procon está articulando ações com órgãos de outros estados para impedir a comercialização em todo o país.

A diretora também informou que o fabricante poderá corrigir os rótulos e apresentar novos lotes para análise. “A medida é cautelar. Se a empresa comprovar a conformidade entre o rótulo e o conteúdo, os produtos poderão voltar ao mercado após nova verificação laboratorial”, explicou.

Responsável pelas investigações, o delegado Eduardo Passamani detalhou que o inquérito será encaminhado à Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde a empresa é sediada, para aprofundamento das apurações.

“Vamos investigar se houve intenção de enganar o consumidor. É essencial que as pessoas continuem denunciando produtos suspeitos — elas são o ponto de partida das nossas ações”, destacou.

Passamani também lembrou que o foco atual das operações está no setor fitness, devido ao aumento do consumo de suplementos e alimentos proteicos com a proximidade do verão. Na semana anterior, uma ação conjunta já havia apreendido bebidas com irregularidades em rótulos.

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Dayanne Farias
Dayanne Farias

Formada em Licenciatura Letras Português/Literatura. Experiência com assessoria pública e gestão administrativa. Atua na parte esportiva do Aqui Notícias e é cooperadora do podcast esportivo: Linha de Fundo, apresentado toda segunda, quarta e sexta.