A perfeição é sem dúvida a maior e incessante busca da humanidade. O encontro com a perfeição tem sido alvo de muitos povos ao longo da história do mundo. Entretanto, nenhum deles alcançou tais expectativas.

Nesta incansável luta para se atingir a perfeição, a imperfeição reta, lúcida e ciente do seu papel elegantemente segue livre e triunfante produzindo incríveis histórias, promovendo mudanças e grandes descobertas, criando novas expectativas, assim, proporcionando com que a possibilidade de remontar, de refazer o que é imperfeito seja ao mesmo tempo a possibilidade de operar mudanças e tornar tudo ainda mais perfeito.

O objetivo final da perfeição é ser idolatrada e admirada. No entanto, a imperfeição deseja apenas a oportunidade de ser aprimorada.

O que é perfeitamente perfeito leva ao comodismo e a estagnação, o que é perfeitamente imperfeito leva a abnegação e a evolução.

A perfeição encerra naquilo que está pronto, a imperfeição permite renovar aquilo que está pronto.

Aos meus olhos a imperfeição é a mais perfeita combinação entre o que está feito e que deve ser feito.

Portanto, a verdadeira perfeição pode ser encontrada na mais perfeita imperfeição, pois é na imperfeição que se extrai a essência da verdadeira razão pela busca da perfeição.

Gosto do que é perfeito, amo o que é imperfeito.

Fernando Rangel Pereira
Psicólogo clínico, neuropsicólogo clínico, farmacêutico clínico, coach e hipnólogo clínico.