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Liberdade predestinada

A vida é traçada livremente ou é predestinada? Sem dúvidas que, até mesmo nos dias atuais, essa questão é objeto de muita discussão entre as pessoas, estendendo-se, também, para as ideologias e conflitos políticos. Contudo, expresso aqui minha opinião sobre. Apenas um tolo acredita cegamente que tudo é completamente conduzido pelo destino ou pela liberdade. […]

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em 28 de dez de 2022, às 11h20

A vida é traçada livremente ou é predestinada? Sem dúvidas que, até mesmo nos dias atuais, essa questão é objeto de muita discussão entre as pessoas, estendendo-se, também, para as ideologias e conflitos políticos. Contudo, expresso aqui minha opinião sobre.

Apenas um tolo acredita cegamente que tudo é completamente conduzido pelo destino ou pela liberdade.

Considere a história de Joãozinho e Marcelinho.

Joãozinho nasceu em uma família humilde, seus pais são semianalfabetos e exercem profissões de baixa remuneração. Como o dinheiro sempre era escasso, carregava os materiais da escola em uma sacolinha de supermercado e se dirigia a pé até a escola. Ademais, a melhor refeição que fazia era a da merenda escolar, visto que em casa a dispensa raramente estava cheia.

Já Marcelinho possuía boas condições, os avós eram prósperos fazendeiros e os pais podiam se dedicar aos estudos. Temendo a segurança de Marcelinho, sua mãe contratou um motorista particular para levá-lo e buscá-lo na escola particular, frequentada apenas pela elite da sociedade. Visto que a saúde sempre foi importante, as refeições do dito cujo eram preparadas em conjunto por uma equipe competente.

Pergunto-lhes: quem tem maior probabilidade de prosperar? Joãozinho pode se empenhar o quanto desejar, porém, apenas um milagre o tornaria rico. Por outro lado, se Marcelinho for minimamente sensato e fizer o básico, manter-se-ia em uma vida de abundância.

Logo, o que pretendo inferir é que nossas vidas são regidas pelo destino e pela liberdade. Parte da trajetória humana é definida pela condição em que o indivíduo nasce (financeira, cultural e diversas), enquanto que as escolhas que o mesmo faz (dedicar-se mais ou menos) complementam o modelo.

Portanto, mesmo que Joãozinho tenha nascido em uma condição ruim, suponha-se que ele pode se esforçar mais do que os outros para melhorar a situação. Entretanto é improvável que consiga abrir uma startup e ficar bilionário.

Concluo que a meritocracia é falaciosa, porém, dado que condições iguais não existiram, existem ou existirão, haja vista que o mundo é naturalmente desigual, a única saída (a nível individual) é empregar a liberdade para subir na hierarquia social. Se ficássemos parados e aceitássemos o fatídico, que graça teria a vida?

Obrigado por acompanharem minhas colunas. Feliz Ano Novo!

Rafael Altoé Frossard é mestrando em Administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e apaixonado por Economia. 

 

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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