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Batalhas inúteis

Diferentemente do exército que planeja o ataque e sabe exatamente o que fazer, o governo brasileiro ainda não descobriu qual guerra pretende travar

2 mins de leitura

em 12 de abr de 2023, às 09h26

Foto: Divulgação

Determinada nação comunica que invadirá um país inimigo. Pouco tempo depois, os militares já se colocam à disposição do Estado e bolam estratégias eficazes para iniciar a ofensiva.

Diferentemente do exército que planeja o ataque e sabe exatamente o que fazer, o governo brasileiro ainda não descobriu qual guerra pretende travar. Ao longo de 2023 tem sido recorrente as críticas ao Banco Central do Brasil, por conta da política monetária adotada.

Acontece que não tem havido esforço, por parte dos representantes eleitos, para tranquilizar os agentes do mercado e suavizar os juros de longo prazo. Na circunstância atual, Lula e seus aliados deveriam apostar suas fichas na implementação do Novo Arcabouço Fiscal, desse modo, haveria brecha para cortes nas taxas de juros.

Na prática, criticar o Banco Central e Roberto Campos Neto é um bode expiatório para mascarar os problemas mais elementares da economia brasileira: independentemente dos juros, o PIB não vai crescer muito. De fato, para a maioria da população a narrativa governista parece perfeita, uma vez que cria um inimigo em comum, porém, não passa de enganação.

A estratégia de atacar o guardião do Real não trará bons resultados, muito pelo contrário, desgastará um governo que já começou o mandato fragmentado. Mas ainda há um fio esperança, basta que nossa democracia escolha as batalhas certas. 

Rafael Altoé Frossard é professor do Centro Universitário São Camilo – ES e mestrando em Administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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