Apesar das várias reuniões de autoridades de Guaçuí com representantes do INSS, não teve jeito. A agência do instituto do município foi fechada na manhã desta terça-feira (25). Conforme informações do INSS e do aviso colado à porta do imóvel vazio, a suspensão do atendimento é temporária e os atendimentos agendados serão direcionados a agência de Alegre.

O imóvel onde eram feitos os atendimentos à população foi esvaziado, com toda a estrutura desmontada. Tudo foi levado para a agência de Alegre. De acordo com informações, a média de atendimento da agência de Guaçuí era de 50 pessoas por dia. Demanda que, agora, precisará ser absorvida pela agência de Alegre, o que pode aumentar o tempo de demora na conclusão dos processos de benefícios que são solicitados ao instituto. Para agendar o atendimento é preciso ligar para o número 135.

A suspensão do atendimento em Guaçuí, segundo o INSS, aconteceu porque o contrato de locação do imóvel chegou ao fim e o proprietário o pediu de volta. Isso porque, de acordo com familiares do proprietário, não houve um acordo para o reajuste do valor que estaria muito defasado, diante da valorização do mercado imobiliário no município. Contudo, para qualquer reajuste ou definição de contrato, o INSS precisa abrir um processo de licitação, o que será feito agora, mas demanda tempo. Assim, foi necessário entregar o imóvel ao proprietário e suspender o atendimento até que o processo licitatório seja realizado.

Autoridades municipais, do Executivo e Legislativo, buscaram o diálogo com o INSS, por meio da Superintendência do instituto, em Vitória, para tentar uma solução que impedisse a suspensão do atendimento em Guaçuí. No entanto, todo o processo depende da Superintendência regional que fica em Belo Horizonte (MG). E foi feita, inclusive, uma reunião no gabinete do vice-governador Ricardo Ferraço para tratar do assunto.

O município de Guaçuí acenou com a possibilidade de ceder um espaço municipal ou pagar o aluguel de um imóvel para o funcionamento provisório da agência. No entanto, o INSS possui uma portaria que normatiza todas a estrutura que deve ser obedecida para o funcionamento de uma agência, como acessibilidade, condições para banheiros, tamanho da área do imóvel, entre outras coisas. Isso dificultou – praticamente impossibilitou – a escolha de um local provisório.