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MC.Mulheres em Vitória

Projeto potencializa mulheres negras com formação audiovisual

MC. Mulheres valoriza a representatividade feminina e negra no audiovisual, oferecendo formação e oportunidades profissionais.

Por Redação

5 mins de leitura

em 04 de maio de 2023, às 14h08

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Em sua segunda edição, o projeto MC.Mulheres, do Movimento Cidade (MC), une duas frentes de ação para potencializar mulheres negras no mercado audiovisual do Espírito Santo e do Nordeste com: 1) um projeto formativo exclusivo para mulheres negras do meio do audiovisual que visa um aperfeiçoamento de suas respectivas carreiras e; 2) uma mostra de audiovisual , com foco em produções idealizadas e feitas por mulheres, de forma online a partir do dia 5 em movimentocidade.com e presencial nos dias 19 e 20, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, no bairro Mário Cypreste, em Vitória, com direito a uma programação com outras atividades culturais.

Depois de selecionadas via edital e tendo participado de uma etapa online, a partir do dia 15 até o dia 19 de maio, acontece a imersão presencial das mulheres escolhidas pelo edital MC.Mulheres, cuja fase anterior aconteceu online na primeira quinzena de abril. Agora, as inscritas, residentes do Espírito Santo e da região Nordeste, reúnem-se por cinco dias seguidos em Vitória para produzir uma música e um videoclipe autorais e exclusivos, ambos inéditos, com o suporte de mentoras eleitas com curadoria do Movimento Cidade.

“As selecionadas do edital vão se ver em toda a programação, tanto nas mentoras que vão estar com elas na imersão, quanto na programação do festival. Todas elas mulheres pretas, seja na música, no audiovisual, nas intervenções artísticas e nas performances de batalhas. Tentamos alinhavar as trilhas que compõem a capacitação de modo que elas refletissem algumas demandas específicas e corriqueiras da gestão de uma carreira de sucesso. São raros os casos de artistas que são descobertas no começo, e já têm um time multidisciplinar para tocar os trabalhos elementares do mercado”, completa Isabella Baltazar, Coordenadora de Programação do MC.Mulheres.

No primeiro dia, as alunas participam da oficina “Composição e Indústria da Música” com a mentora capixaba Gavi, que se define como cantora de Black Music e Neo Soul. No segundo dia, inicia-se a produção e composição da música coletiva. Já no dia seguinte, a aula é com Afronta, primeira travesti rapper da música capixaba a conquistar seu espaço no mercado musical brasileiro. Os últimos dias são dedicados às noções de audiovisual, finalização e gravação do videoclipe.

Em paralelo, a inédita Mostra Audiovisual do MC.Mulheres com produções feitas exclusivamente por mulheres  de várias regiões do país, recebe 8 obras selecionados no primeiro edital do MC.Projeta de 2023 e 3 obras de artistas convidadas por iniciativa do Movimento Cidade que seleciona obras audiovisuais brasileiras e independentes, de ficção, animação, documentário, videoclipe e videoarte. 

As obras serão exibidas a partir do dia 5 na plataforma MC.On, disponível em movimentocidade.com, é composta por duas categorias: a “Mostra Carmélias”, que exibe obras audiovisuais de gêneros diversos que perpassam pelas temáticas da relação do corpo, da mulher e das negritudes na vivência dos espaços urbanos; e a “Mostra Mulheres de Voz”, uma seleção exclusiva de videoclipes e obras musicais realizados e/ou protagonizados por mulheres negras.

Na “Mostra Carmélias”, o público poderá assistir obras, como: “Mulher Vestida de Sol”, animação baiana de Patrícia Moreira; “Battle Girl Power” , um documentário sobre a batalha de rap LGBTQIA+ de Belém do Pará, de Ruth Souza Carneiro; “Como Dançar Funk”, trabalho artístico em animação à aquarela, de Ilana Paterman Brasil, do Rio de Janeiro; “Êxodo”, uma obra experimental da paulistana Sarah Martins de Matos e; “Sede da Manhã”, videoarte, de Camila Mozart e Amanda Pomar, residentes em Minas Gerais.

Já a “Mostra Mulheres de Voz”, apresenta “Timon, Papel e Letra”, de Jaísa Caldas, diretamente do Maranhão e “Ato I: Licença Pra Chegar”, de Thuanny, trazendo diversas referências de território e ancestralidade preta do Sul do país.  Também recebe representantes capixabas com o clipe  “Sou Dessas”, da cantora Anástacia; “Unfollow”, de Budah, que é destaque na cena de R&B nacional e; “Caraíva (A Festa)”, de GAVI e Budah. A mostra ainda exibe o videoclipe “Retomada”, produzido pela alunas participantes do MC.Mulheres em 2022, com produção de Natália Dornellas e Karol Mendes.

Nesta edição, o público também poderá exercer seu lado crítico e escolher suas produções preferidas exibidas na Mostra. A votação fica aberta de 11 a 18 de maio no site. Os filmes premiados, uma obra em cada categoria, recebem o prêmio de R$ 3 mil.

Festival no Carmélia

Já nos dias 19 e 20 de maio, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, no bairro Mário Cypreste, em Vitória, o Movimento Cidade realiza o Festival MC.Mulheres, festa de encerramento da formação que além de shows, exibe as obras selecionadas com Mostra Audiovisual aberta ao público e com entrada é gratuita.

Para Baltazar, o MC.Mulheres reflete uma das bases fundamentais da identidade do Movimento Cidade: a diversidade. “Tendo esse marcador importante, buscamos criar o projeto a partir de recortes: primeiro o recorte de gênero, priorizando pessoas de identidade de gênero femininas; depois um recorte racial, buscando mulheres negras e/ou indígenas; e também um recorte territorial, buscando áreas invisibilizadas da cena artística: o Espírito Santo e o Nordeste brasileiro”, ela continua. “As selecionadas do edital vão se ver em toda a programação, tanto nas mentoras que vão estar com elas na imersão, quanto na programação do festival. Todas elas mulheres pretas, seja na música, no audiovisual, nas intervenções artísticas e nas performances de batalhas”.

O MC.Mulheres 2023 é patrocinado pelo Nubank. É uma realização da ES Brazil e do Ministério da Cultura, Governo Federal.

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