A pequena comunidade de Jaciguá, em Vargem Alta, na região Sul do Espírito Santo, esconde um verdadeiro tesouro religioso. É que na cidade interiorana há uma árvore rara, em que dos galhos dessa espécie, foi feita a coroa de espinhos usada por Cristo durante a crucificação.

De acordo com pesquisas, as lesões na cabeça de Jesus foram causadas pela coroa de espinhos da  Ziziphus Spina-Christ, também conhecida como “Espinhos de Cristo” e, segundo os estudos médicos sobre a descrição bíblica, as gotas de sangue encontradas na cabeça de Cristo se distribuem como uma auréola, indicando que os ferimentos foram provocados pelos espinhos pontiagudos e afiados.

O médico americano Frederick Zugibe, um especialista forense conhecido por seus estudos sobre o Santo Sudário de Turim, escreveu em seu livro The Crucifixion of Jesus, um capítulo explicando a possível origem da planta a partir da qual a coroa foi feita.

Zugibe destacou que, embora o material usado para fazer a coroa de espinhos ainda esteja em debate, estudos de especialistas indicam que seria a Rhamnus Spina-Christi que é natural do Oriente Médio e pertence à família Rhamnaceae.

Ele afirmou em debates sobre o tema que especialistas renomados em botânica da flora da Terra Santa apontam que a árvore usada para a fabricação da coroa de Cristo é Ziziphus Spina-Christi, é conhecida como Rhamnus Spina-Christi ou Rhamnusnabeca, originária da Síria e do Líbano.

As sementes, trazidas há 23 anos de Jerusalém foram plantadas no espaço, onde atualmente, funciona o Centro de Evangelização São João Batista. O espaço é administrado pela Paróquia São João Batista. As sementes de Ziziphus Spina-Christi foram trazidas pelo pároco, à época, padre Dione Goulart.