Fiocruz: casos de síndrome respiratória aguda grave disparam no Brasil
Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última quinta-feira (7), o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas.
Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região. Entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).
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Enquanto no Centro-Sul predomina a Covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da Covid-19, há também um aumento nos casos de influenza. Isso indica uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).
Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do país. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês. Uma doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. “Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas. Mas, também é importante destacar o risco de para idosos”, afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Síndrome respiratória
Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Entre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à Covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.
Cuidados e prevenção
Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.
Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados. Principalmente quem faz parte de grupo de risco.
Estadao Conteudo
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