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Política

Linha férrea: deputados conhecem projeto que integra cidades do Sul do ES

Conhecido como Ramal Anchieta, o trecho é uma continuação da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).

Por Flavio Cirilo

3 mins de leitura

em 15 de mar de 2024, às 08h18

Foto: Fernando Cunha/Vale
Foto: Fernando Cunha/Vale

Em visita à Vale nesta quinta-feira (14), deputados conheceram o andamento do projeto da linha férrea que interligará o município de Santa Leopoldina ao Porto de Ubu.

O trecho denomina-se Ramal Anchieta e é uma continuação da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que a mineradora também será responsável por construir e operar.

Frente parlamentar da Linha férrea

O presidente da frente parlamentar (FP) que trata do tema, Tyago Hoffmann (PSB), ressaltou a importância da iniciativa para estimular a economia do estado, sobretudo na região sul por conta da indústria petrolífera.

Participaram da comitiva ainda o membro efetivo do colegiado Bispo Alves (Republicanos) e pelo presidente da Comissão de Infraestrutura, Alexandre Xambinho (Podemos).

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A gerente de Regulatório da Vale, Danielle Pinto, deu detalhes do projeto, cuja primeira fase contempla 80 Km de linha tronco de Santa Leopoldina até Anchieta. Já a segunda fase inclui a construção de mais 20 Km (alça de Ubu), conectando a linha principal ao porto, totalizando 100 Km de ferrovia. Com orçamento estimado em R$ 6 bilhões, as obras devem demorar 60 meses a partir da liberação. 

De acordo com a executiva da mineradora, já concluíram-se os trabalhos de topografia, sondagem, otimização de traçado, projeto básico e avaliação imobiliária, além dos estudos ambientais e sociais na linha tronco.

Em relação à alça, estão em execução a sondagem, otimização do traçado, projeto conceitual, além dos estudos ambientais e sociais. 

Entretanto, a gerente avalia os trabalhos como “desafiadores” por causa das desapropriações que serão necessárias.

Sobretudo, pelo adensamento urbano em Viana, e devido ao traçado da ferrovia, que passará por áreas alagadas. A avaliação é que essas dificuldades gerem aumento no valor dos custos. Até agora o projeto já despendeu mais de R$ 44 milhões. 

Segundo explicou Danielle Pinto, as desapropriações e o licenciamento ambiental são os próximos passos. Ela ressalvou ainda que esses trens não farão o transporte de passageiros, apenas de carga, visando ao desenvolvimento industrial.

Presidente Kennedy

O segundo eixo sobre o qual a Vale se debruça é a Ferrovia Kennedy, que é o primeiro trecho da EF-118. Essa parte da linha férrea tem 87 Km e faz a ligação entre Anchieta e o Porto Central. Nesse caso, a multinacional doará somente o projeto ao governo do Estado – o que está previsto para o segundo semestre. A empresa também deve entregar o estudo ambiental para o Executivo.

Conforme disse, a Vale não operará a via e o entendimento é que o Estado procure o governo federal para viabilizar a priorização do projeto da ferrovia dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Depois da palestra, a comitiva conheceu o funcionamento do Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa.

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