Dia dos avós: como envelhecer de forma saudável
Entre as doenças que mais afetam os idosos são o glaucoma, retinopatia diabética, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e catarata.
O Dia dos Avós é comemorado nesta sexta-feira (26). A data mais carinhosa do ano é dedicada a aqueles que são fonte de sabedoria e ternura e merecem o nosso cuidado, admiração e gratidão.
Entretanto, essa turma de vovós e vovôs cresce cada vez mais no Brasil. Segundo dados do IBGE (2022), o número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos. Já a população idosa com 60 anos ou mais de idade chegou a 32.113.490 (15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de 20.590.597 (10,8%). Contudo, estima-se ainda que a população idosa no Brasil vai dobrar até 2042 em comparação com 2017, quando esse total era de 28 milhões.
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Devemos buscar cuidados para envelhecer de maneira saudável. Aliás, é comum nessa etapa da vida problemas de saúde, como nos olhos por exemplo.
Os riscos chegam com a terceira idade
A partir dos 40 anos, já aumentam os riscos de doenças oculares, como a presbiopia (vista cansada – dificuldade para enxergar de perto), e por esse motivo é importante manter uma rotina de consultas mais frequentes ao médico oftalmologista, a fim de prevenir e diagnosticar previamente as doenças oculares.
De acordo com o oftalmologista e diretor clínico do Hospital de Olhos Capixaba (HOC), Rubens Machado, com o diagnóstico realizado em tempo hábil e tratamento correto, é possível controlar boa parte das doenças oculares que afetam os idosos.
“No caso de idosos portadores de doenças como diabetes e hipertensão, os cuidados com a saúde ocular devem ser redobrados, pois elas aumentam as chances de problemas oculares como retinopatia hipertensiva e diabética”, orienta Rubens Machado.
Saiba as doenças mais comuns nos idosos
Entre as doenças que mais afetam os idosos são o glaucoma, retinopatia diabética, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e catarata.
Glaucoma
Estima-se que entre 2 e 3% da população brasileira com mais de 40 anos seja portadora da doença, o que representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. Considerada a principal causa de cegueira irreversível do mundo, a doença caracteriza-se pela alteração do nervo óptico, que provoca danos à fibra óptica, podendo levar o paciente a perda total da visão, se não houver um correto tratamento.
O glaucoma é uma doença silenciosa, por isso, na consulta de rotina com o médico oftalmologista é possível identificar o problema a tempo, através de exames.
Retinopatia diabética
Tendo como principal fator o índice glicêmico elevado, a retinopatia diabética (RD) é uma complicação que provoca danos aos pequenos vasos sanguíneos da retina. Geralmente, a doença afeta ambos os olhos, e se não tratada corretamente pode levar o paciente a cegueira. Além do tratamento oftalmológico, é necessário o controle da glicemia e do diabetes.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
Trata-se de uma degeneração ocular que se propaga na mácula (região central da retina) e pode ocasionar perda da visão. A DMRI é uma doença comum entre pessoas a partir dos 50 anos. Aliás, a estimativa é de que 2,9 milhões de brasileiros acima dos 65 anos sejam afetados por ela. Entretanto, os principais fatores de risco da DMRI estão no histórico familiar, ter pele e olhos claros, e fatores externos e comportamentais como uso de cigarro, exposição ao sol e ingestão de alimentos com alto índice de gorduras saturadas.
Catarata
A catarata afeta 17% das pessoas com até 65 anos e 47% dos que têm de 65 a 74 anos. A doença embaça o cristalino (lente natural dos olhos localizada atrás da íris) e pode causar cegueira, quando não tratada. O tratamento da catarata é cirúrgico.
Existem três principais tipos de catarata.
São eles:
- Catarata congênita: já nasce com o indivíduo.
- Catarata secundária: que decorre de fatores como uso de medicamentos esteroides, doenças metabólicas, traumas, radiação, entre outros.
- Catarata senil: a mais frequente, ligada ao processo de envelhecimento.
Além das doenças mais comuns, a terceira idade também traz a perda de visão periférica, que geralmente atinge cerca de 20 a 30%. A vista cansada ou presbiopia dificulta a visão de objetos próximos, enquanto a diminuição na diferenciação de cores resulta da perda de sensibilidade das células responsáveis por essa função. Além disso, a redução da pupila faz com que a pessoa idosa precise de mais luz no ambiente para realizar algumas atividades.
Prevenção
Adotar alguns hábitos saudáveis no dia a dia garantem um envelhecimento com qualidade e saúde para os olhos. O oftalmologista Rubens Machado do HOC, recomenda manter uma alimentação saudável e balanceada, praticar exercícios físicos, mesmo que leves, como caminhadas. Assim como realizar acompanhamento médico e oftalmológico periodicamente, sendo o intervalo ideal de 6 meses entre uma consulta e outra.
“O acompanhamento oftalmológico é fundamental para que o tratamento seja mais simples e eficaz graças ao diagnóstico precoce, além de evitar que problemas já existentes se agravem”, disse o especialista.
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