Saúde: confira as ações de combate à Febre do Oropouche em Cachoeiro
Entre as ações implementadas, destaca-se a capacitação de profissionais da área da saúde, promovida por meio do Seminário de Vigilância em Saúde da Regional Sul
Atenta à circulação da Febre do Oropouche no Espírito Santo, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Cachoeiro adotou medidas de prevenção contra a doença, na rede de atenção básica do município.
Entre as ações implementadas, destaca-se a capacitação de profissionais da área da saúde, promovida por meio do Seminário de Vigilância em Saúde da Regional Sul. Esta iniciativa visa atualizar e preparar médicos e enfermeiros para a identificação, manejo e prevenção da Febre do Oropouche.
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Além disso, foi realizada uma ampla divulgação de Nota Técnica em todo o corpo clínico pertencente à Atenção Primária à Saúde (APS), garantindo que todos os profissionais estejam informados e alinhados com as diretrizes e protocolos estabelecidos para o enfrentamento da doença.
As ações também incluem a sensibilização das comunidades, conduzida pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), com ênfase no controle do vetor urbano responsável pela transmissão da Febre do Oropouche. A abordagem comunitária busca reforçar práticas de prevenção e promover um ambiente mais seguro e saudável para todos.
Febre do Oropouche
Além disso, de acordo com a Semus, ações de vigilância ambiental seguem sendo empregadas, como o tratamento focal e perifocal com inseticidas químico e biológico, e o bloqueio com operações de termonebulização, atingindo áreas mais críticas como córregos, valões, terrenos com materiais em decomposição e plantações de bananeiras.
A recomendação para a população é evitar o acúmulo de resíduos orgânicos próximo às residências e não deixar dejetos de criação animal acumulados nos quintais.
“Estamos empenhados em adotar todas as medidas necessárias para enfrentar a Febre do Oropouche e proteger a nossa comunidade. A capacitação dos nossos profissionais e a sensibilização da população são passos fundamentais para evitar a propagação da doença”, destaca Gedson Alves, secretário municipal de Saúde de Cachoeiro.
Sobre a Febre do Oropouche
O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.
Transmissão
A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Sintomas
Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.
Tratamento
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Importante: em caso de sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.
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