Saúde e Bem-estar

Coqueluche: saiba quais são os sintomas e como se prevenir

A coqueluche pode atingir crianças menores de seis meses, que estão mais suscetíveis a complicações graves e, se não tratada corretamente, pode levar à morte

Por Mariana Eufrasia

4 mins de leitura

em 02 de set de 2024, às 14h30

Foto: Divulgação/ Canva
Foto: Divulgação/ Canva

A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela está presente em todo o mundo e afeta principalmente o trato respiratório, incluindo traqueia e brônquios. O médico da Unimed Sul Capixaba, Vitor Brasileiro Fernandes destaca que a coqueluche se caracteriza por crises de tosse seca.

Além disso, a coqueluche pode atingir crianças menores de seis meses, que estão mais suscetíveis a complicações graves e, se não tratada corretamente, pode levar à morte. Portanto, é crucial que essas crianças recebam a vacina para prevenir a doença.

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A imunidade à coqueluche nas crianças é adquirida com a administração das três doses da vacina, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Contudo, mesmo adultos vacinados na infância podem ficar suscetíveis à doença com o passar do tempo, pois a eficácia da vacina pode diminuir.

Fases da doença

De acordo com o Ministério da Saúde, a coqueluche evolui em três fases sucessivas. Primeiramente, a fase inicial, ou fase catarral, começa com sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, como febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se intensifica e se torna mais frequente, evoluindo para crises mais graves.

Em seguida, a fase de tosse intensa, também conhecida como fase paroxística, geralmente é afebril ou apresenta febre baixa, mas pode incluir vários picos de febre ao longo do dia.

Nessa fase, a tosse se torna muito forte e incontrolável, causando crises súbitas e rápidas que podem levar a vômitos. Durante essas crises, a pessoa pode ter dificuldade para inspirar, apresentando rosto vermelho (congestão facial) ou azulado (cianose) e, às vezes, emitir um som agudo ao inspirar (guincho). Essa fase pode durar de duas a seis semanas.

Por fim, a fase de recuperação, ou convalescença, vê a tosse diminuindo em frequência e intensidade, mas ela pode persistir por duas a seis semanas ou até três meses. Infecções respiratórias adicionais durante essa fase podem causar um retorno temporário da tosse intensa.

Portanto, atenção especial deve ser dada a bebês menores de 6 meses, pois eles são mais propensos a formas graves da doença, que podem ser fatais. Complicações graves em bebês incluem crises de tosse, dificuldade para respirar, sudoreses, vômitos, apneia, parada respiratória, convulsões e desidratação. O cuidado adequado desses bebês geralmente requer hospitalização, isolamento, vigilância constante e procedimentos especializados.

Além disso, a coqueluche pode levar a complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsões, lesão cerebral e, em casos graves, morte.

Prevenção

Para prevenir a coqueluche, a vacinação é fundamental. Crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferece a vacina para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal. A coqueluche é uma doença endêmica com epidemias ocorrendo ciclicamente a cada três a cinco anos.

A imunidade pode ser adquirida ao contrair a doença ou por meio da vacinação, que inclui um mínimo de três doses da vacina. Além do reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade com a tríplice bacteriana (DTP). Gestantes devem receber uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana de gestação, pois a proteção pode diminuir após 5 a 10 anos da última dose.

Portanto, é essencial manter a vacinação em dia para proteger a si mesmo e aos outros da coqueluche e suas complicações graves.

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