A asma é uma das doenças mais comuns no mundo, inclusive no Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 20 milhões de brasileiros são portadores da doença, que é a terceira mais atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quando a asma se manifesta na infância, a situação pode ser ainda mais delicada, pois as crises podem ser graves e levar a risco de morte.

De acordo com o pneumologista Mauro Gomes, ela é uma doença crônica que provoca inflamação das vias aéreas, dificultando a respiração. “A condição afeta os brônquios, causando seu estreitamento e impedindo o fluxo adequado de ar para os pulmões, levando às crises de falta de ar”, complementa.

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O médico destaca que diversos fatores podem desencadear crises, como alérgenos, mudanças de temperatura, fumaça de cigarro, poluição e infecções respiratórias. Ele alerta para os principais sinais que os pais e responsáveis devem observar em crianças: tosse persistente, chiado no peito (sibilos), respiração ofegante, falta de ar e cansaço excessivo. No entanto, o tratamento profilático regular pode prevenir as crises.

A seguir, Dr. Mauro indica alguns hábitos essenciais para evitar crises de asma em crianças.

Manter o ambiente sempre limpo

Ambientes livres de poeira, mofo e ácaros são essenciais para evitar o surgimento de crises asmáticas. A ventilação adequada também ajuda a manter o ar mais saudável.

Proteger de mudanças bruscas de temperatura

Em algumas pessoas, a mudança de temperatura pode desencadear crises, por isso é importante estar atento aos sinais do corpo e proteger-se.

Evitar agentes alérgenos

Substâncias como a caspa dos animais, ácaros, mofo e produtos com cheiro forte podem ser gatilhos para crises asmáticas. Evitar o contato com esses agentes é fundamental.

Evitar contato com cigarro e poluição

Tanto a fumaça de cigarro quanto a poluição podem agravar os sintomas da asma. Usar máscaras e umidificadores em dias de baixa qualidade do ar são medidas preventivas recomendadas.

Tratamento

A asma crônica não tem cura, mas o tratamento visa melhorar a qualidade de vida e prevenir crises. Existem dois tipos principais de medicação: a de alívio e a controladora.

Os medicamentos de alívio são usados durante as crises para proporcionar uma resposta rápida, geralmente por meio de sprays inalatórios com ação anti-inflamatória e broncodilatadora. Já as medicações controladoras, que incluem corticoides inalatórios são utilizadas, em longo prazo, para reduzir a inflamação e diminuir a necessidade de medicamentos de alívio.