Abstinência do Poder? Sérgio Fonseca rompe com Zé Valério em Jerônimo

Segundo fontes, Sérgio Fonseca teria rompido com Zé Valério

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em 06 de jan de 2025, às 12h45

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Na última quarta-feira, 1° de janeiro, ocorreu a posse dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos e reeleitos no pleito eleitoral de 2024. Seguindo as diretrizes da Justiça Eleitoral, os candidatos em Jerônimo Monteiro, no Caparaó, também foram empossados.

Em uma linda e muito bem organizada cerimônia realizada após uma Missa de agradecimento na Igreja Matriz, no centro da cidade, a solenidade de posse do prefeito eleito com 53,69% dos votos, na Terra da Laranja, Zé Valério e seu vice, Genaldo, reuniu centenas de familiares, amigos, populares, lideranças políticas e religiosas da cidade.

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Mas o fato que chamou a atenção foi a ausência daquele que até então estava buscando fazer seu sucessor no Executivo Municipal. O agora ex-prefeito, Sérgio Fonseca, que comandou o município por oito anos, e esteve lançando o nome de Zé Valério para a corrida eleitoral, não compareceu na cerimônia de posse para seguir o rito de passar a faixa de prefeito e entregar as chaves da Prefeitura para o novo gestor que irá comandar Jerônimo Monteiro pelos próximos quatro anos ao lado de Genaldo e dos nove vereadores que também foram empossados na ocasião.

Rompimento

Segundo fontes, Sérgio Fonseca teria rompido com Zé Valério após o mesmo impor que alguns nomes de seu secretariado permanecessem à frente de algumas secretarias no mandato de Zé Valério, o que de imediato foi podado pelo novo gestor municipal. Além desse fator, o rompimento também teria outros mecanismos externos, como, por exemplo, Sérgio desejava que Zé Valério fosse candidato a presidente do Consórcio Cim Polo Sul, o qual ele, Sérgio Fonseca, até então presidia. Com o compromisso de focar na gestão de Jerônimo Monteiro, Zé Valério disse não, e foi mais um motivo para o ex-prefeito fazer “bico e chutar o balde” na suposta parceria com o prefeito e vice-eleito.

Quem acompanha a política de Jerônimo Monteiro de perto, pode perceber que na reta final, nos últimos minutos do segundo tempo, Sérgio que não buscava muito interagir em suas redes, logo buscou mostrar que ainda, no final de seu mandato, estava deixando seu legado ao dar ordens de serviço, no sentido de dizer para a população que ele fez gestão no município.

Município em novo comando

Independente dos motivos pelo suposto rompimento da parceria, Sérgio Fonseca, homem público e experiente na política, já deveria saber que estava fazendo um sucessor partidário, mas que esse eleito não ficaria sucumbido aos seus mandos e desmandos, afinal, agora Zé Valério não é mais seu subordinado, secretário de Obras, mas sim o Chefe do Poder Executivo do município.

Talvez a “mosca” da síndrome da falta de poder vitalício tenha picado o ex-prefeito, que achou que, mesmo não mais sentando na cadeira de prefeito, ainda estaria ditando as regras por mais quatro anos. Mas Sérgio esqueceu que agora não é mais o CPF dele que estaria na “reta”, mas sim do novo prefeito eleito, Zé Valério. Nada mais justo do que ele e o grupo político que o fez agir com independência para conduzir o município, assumindo os riscos dos erros e acertos.

Cabelos brancos mostram que nem todos possuem maturidade e sabedoria. Em um momento em que o ex-prefeito poderia ser um conselheiro para seu pupilo, Sérgio faz “birra”, e o que poderia ter sido uma passagem de poder de forma madura e democrática, não foi, e deixou centenas de pessoas se perguntando; onde está Sérgio que não entregou a chave da cidade para Zé Valério e Genaldo? Não pode deixar de ressaltar que Genaldo, eleito como vice de Zé Valério, também foi vice de Fonseca. Na oportunidade, o até então Chefe de Gabinete, Paulo César, seguindo o rito diplomático, entregou as chaves em sinal simbólico aos novos empossados.

Oposição

Nos bastidores, já circula que Sérgio não irá baixar a cabeça para Zé Valério, e já levantou a bandeira da oposição por oposição, e busca uma assessoria junto ao governo do Estado ou na Assembleia para se alocar nos próximos quatro anos. Neste sentido, é melhor o ex-prefeito entender que o poder é passageiro e as mudanças são necessárias. Sérgio Fonseca fez muito para o desenvolvimento de Jerônimo Monteiro, isso não pode ser negado, mas faltou habilidade e maturidade nos últimos minutos do segundo tempo. Ao ver, não é só Sérgio que já demonstra sintomas da síndrome da falta do poder após os resultados das eleições de 2024… 

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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