Política Nacional

Dengue: com aumento de casos no ES, municípios devem agir

Até julho passado, a dengue matou mais de 4,2 mil pessoas e foram mais de 6,2 milhões de casos prováveis.

Por Redação

3 mins de leitura

em 15 de jan de 2025, às 09h59

Foto: Reprodução | Amunes
Foto: Reprodução | Amunes

A maior incidência de chuva, de acúmulo de água e de calor, comuns do verão brasileiro, intensifica a proliferação do Aedes Aegypti em todo o país. Soma-se a isso, o recorde de mortes dos últimos meses e a previsão de mais pessoas doentes em 2025. Para evitar novos óbitos e/ou colapso da rede de saúde, por dengue e também por outras doenças transmitidas pelo mosquito, a palavra é prevenção.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Amunes recomendam aos gestores municipais ações educativas, de conscientização e de combate aos pontos de acúmulo de água, com envolvimento dos órgãos públicos, das entidades privadas e da comunidade. O controle da dengue, assim como o de outras doenças de caráter epidêmico, exige um esforço de todos, inclusive dos profissionais de saúde, dos gestores e da população. E a Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial para esse enfrentamento.

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Até julho passado, a dengue matou mais de 4,2 mil pessoas e foram mais de 6,2 milhões de casos prováveis. Outro agravante é que o mosquito também transmite zika, chikungunya, febre amarela e febre oropouche (FO), associada à malformação fetal. Diante disso, a CNM e a Amunes reforçam a necessidade de uma comunicação clara e acessível para informar a população, constantemente, sobre os riscos das doenças e as medidas preventivas. 

Os gestores municipais devem também intensificar as ações de vigilância ambiental para reduzir a infestação do vetor (Aedes aegypti); e manter as medidas de vigilância epidemiológica, com o registro de todos os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e o manejo clínico precoce dos casos suspeitos. É fundamental sinalizar também a necessidade de recursos humanos e financeiros extras para lidar com o cenário atípico no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como fazer?

A CNM e a Amunes apontam quais caminhos podem ser seguidos para que todos os municípios entrem na guerra contra o Aedes Aegypti. De imediato, os gestores podem promover ações conjuntas e articuladas, para evitar e eliminar os criadouros de mosquitos que transmitem doenças, envolvendo áreas de atuação do poder público municipal – educação, infraestrutura, assistência social, meio ambiente, limpeza urbana, finanças e saúde. A atuação efetiva de controle de vetores também pode contar com as seguintes medidas:

    1. promover ações educativas na comunidade;
    2. eliminar focos de água parada;
    3. descartar corretamente resíduos; 
    4. manter caixas d’água limpas e tampadas;
    5. aplicar larvicida e inseticida;
    6. examinar minuciosamente calhas e telhados evitando água parada;
    7. colocar areia nos pratos de vasos de plantas;
    8. guardar garrafas vazias com a boca para baixo;
    9. realizar mutirões para limpeza de terrenos; e
   10. providenciar a limpeza de bueiros, córregos e outros locais que podem ser encontrados acúmulo de água parada

A vacina da dengue ainda não está disponível em todos os municípios e as ações de controle do Aedes aegypti devem ser sempre reforçadas para evitar o aumento de casos das outras doenças transmitidas por este mosquito. “A prevenção é a nossa melhor arma. No entanto, para que essa prevenção seja efetiva, é imprescindível que o Ministério da Saúde intensifique os investimentos destinados às ações de combate ao vetor nos Municípios”, frisa o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. 

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