Desaparecimento de bebês em hospitais da Grande Vitória é investigado
As denúncias foram trazidas à tona pelo presidente da comissão, deputado Danilo Bahiense, na tarde desta segunda-feira (7)

A Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) está investigando denúncias envolvendo o desaparecimento de recém-nascidos em hospitais da Grande Vitória. Os casos teriam ocorrido entre as décadas de 1960 e 2000 e apontam para a possibilidade de adoções ilegais.
O presidente da comissão, deputado Danilo Bahiense, trouxe à tona as denúncias na tarde desta segunda-feira (7). Segundo os relatos recebidos, famílias capixabas contaram que médicos ou equipes hospitalares informaram a morte de seus filhos logo após o parto. Entretanto, não houve explicações claras, documentos comprobatórios ou acesso aos corpos para que pudessem realizar o sepultamento.
“Diante das denúncias, determinei imediatamente a instauração de um procedimento de verificação preliminar das informações recebidas”, declarou o deputado.
A comissão busca apurar possíveis crimes como sequestro, tráfico infantil, troca de bebês, falsidade ideológica e outras fraudes documentais, que geraram sofrimento profundo e prolongado às famílias envolvidas.
Ausência de respostas
“Há décadas, essas famílias convivem com uma dor silenciosa e devastadora: a ausência de respostas sobre o paradeiro de seus filhos recém-nascidos.
“Mães e pais relataram que foram impedidos de ver seus bebês, nunca receberam os corpos e não tiveram a chance de realizar um sepultamento digno. Até hoje, carregam a angústia de não saber se os filhos realmente morreram ou se foram vítimas de adoções ilegais e outras práticas criminosas”, destacou Bahiense.
Segundo o parlamentar, essas famílias procuraram a Comissão de Segurança e finalmente encontraram uma chance concreta de seem ouvidas, buscar justiça e, possivelmente, reencontrar os filhos.
“O acolhimento imediato das denúncias reacendeu a esperança de quem já estava cansado de esperar. Para essas famílias, não se trata apenas de investigar crimes — trata-se de restaurar dignidade, dar voz à dor e, sobretudo, buscar a verdade”, acrescentou.
Atualmente, a fase preliminar da apuração segue em andamento. A comissão aguarda as respostas aos ofícios encaminhados à Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas, cartórios, cemitérios e hospitais localizados na Grande Vitória.
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