Política Regional

“Ato de coragem política”, diz Jack sobre a cassação de Chiquinho

Autora do relatório aprovado no Conselho de Ética que recomendava a perda de mandato de Brazão, Jack criticou a condução do caso pela Mesa Diretora da Câmara, classificando-a como "politicamente incoerente".

Por Redação

2 mins de leitura

em 25 de abr de 2025, às 13h04

Foto: Reprodução | Câmara dos Deputados
Foto: Reprodução | Câmara dos Deputados

A deputada federal Jack Rocha (PT) se manifestou publicamente sobre o processo de cassação do também deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Autora do relatório aprovado no Conselho de Ética que recomendava a perda de mandato de Brazão, Jack criticou a condução do caso pela Mesa Diretora da Câmara, classificando-a como “politicamente incoerente”.

Oportunidade perdida

Segundo a parlamentar, a decisão de não levar o relatório diretamente ao plenário, substituindo-o por outro caminho para viabilizar a cassação, representou uma oportunidade perdida de reafirmar o papel do Parlamento como espaço transparente e democrático.

“Foi um ato de coragem política, de compromisso com a ética e de fidelidade à democracia — em nome da justiça e de todas as mulheres que ousam ocupar os espaços de poder com dignidade e firmeza”, afirmou Jack Rocha.

A deputada também apontou que o processo de silenciamento de mulheres na política ainda é recorrente, muitas vezes de forma velada. “Sei o que é enfrentar a violência política que não grita, mas sufoca. Ver uma decisão justa ser tratada como afronta apenas por ter vindo de uma mulher petista que se recusa a se omitir”, declarou.

“Letargia”

Jack criticou a “letargia” que antecedeu a decisão da Mesa Diretora, argumentando que não se tratou de prudência, mas de uma tentativa de evitar o embate político. “Quando se evita o rito legítimo por conveniência, nega-se a coragem de sustentar posições diante da militância, do povo e da história”, pontuou.

A deputada encerrou sua manifestação reafirmando seu compromisso com os valores do Partido dos Trabalhadores e com a memória de Marielle Franco. “A violência que tirou Marielle não pode encontrar abrigo no Parlamento. Sigo com coragem, com o povo e com o PT. Porque a política que vale a pena é aquela que não nos exila de nós.”

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