
Professores da rede municipal de Muniz Freire, no Sul do Espírito Santo, decidiram entrar em greve parcial a partir do próximo dia 26 de maio. A decisão foi tomada em assembleia realizada na quarta-feira (14), que contou com a presença de aproximadamente 100 docentes, representando parte dos quase 150 profissionais que assinaram procurações favoráveis à paralisação.
A mobilização adotará o formato de “operação tartaruga”, quando os profissionais mantêm o funcionamento das atividades de forma reduzida, respeitando os trâmites legais da greve. A principal reivindicação da categoria é o pagamento do piso nacional do magistério, atualmente fixado em R$ 3.048,00 para professores em início de carreira. No município, porém, os profissionais contratados em regime de designação temporária (DTs) recebem apenas R$ 2.192,00.
A rede municipal de Muniz Freire é composta majoritariamente por professores temporários — cerca de 80% do total de servidores da educação — e atende aproximadamente 3 mil alunos, distribuídos em 12 escolas. Com a paralisação, as aulas devem sofrer atrasos e interrupções, impactando diretamente o calendário escolar e a rotina das famílias.
A medida também reflete o crescente descontentamento com a política salarial adotada pela gestão municipal. Segundo os professores, o valor pago atualmente está aquém do estabelecido por lei federal e compromete a valorização da categoria.
A reportagem procurou a Prefeitura de Muniz Freire e o prefeito Dito Silva (PSB) para comentar a situação, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.
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