
A Festa de Corpus Christi de Castelo, marco do calendário religioso e cultural, neste ano terá um reforço especial à memória e história dos tapetes coloridos. Organizadores montaram uma réplica fiel da capelinha da Santa Casa, espaço considerado o segundo lar da irmã Vicência, idealizadora dos tradicionais tapetes multicoloridos.

O público poderá visitar a capelinha durante o evento, no cruzamento da Rua Frei Manoel com a Rua Vieira da Cunha, ao longo do tapete. Os organizadores exporão no interior do espaço parte da emblemática edição da Revista O Cruzeiro, de 1962, com fotos dos tapetes da festa de Matão. A cidade de Matão, no interior paulista, inspirou a religiosa a transformar a celebração castelense em obras de arte, além das folhas de manga picadas.
Vida simples e devota
O Instituto Cultural Irmã Vicência (ICIV) idealizou o espaço como uma imersão na vida simples e devotada da mulher considerada a alma dos tapetes. Os membros do Instituto montaram cuidadosamente a réplica da capelinha e resgataram objetos originais em uma verdadeira “garimpagem da memória e dos afetos”. O espaço retrata o terço, a imagem da santa de devoção, o genuflexório usado nas orações, o hábito e o sininho que convocava os fiéis às missas.
O presidente do ICIV, Luciano Travaglia, destacou que a réplica também abrigará uma estátua em tamanho natural da religiosa, criada pelo artista Thainan Vettorazzi. Os organizadores incluirão no espaço um valioso exemplar da Revista O Cruzeiro, publicação prestigiada entre 1928 e 1975, que inspirou os tapetes artísticos atuais. A revista teve papel crucial no surgimento dos tapetes de Castelo, conhecidos hoje pela riqueza de formas, detalhes e expressividade das tradições religiosas locais.

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