O grito silenciado das protagonistas das águas e das marés
“A senhora não pode tirar a caderneta de pesca, a senhora é mulher. Vai cuidar dos seus filhos e lavar as roupas do seu marido quando ele chegar do mar”

“A senhora não pode tirar a caderneta de pesca, a senhora é mulher. Vai cuidar dos seus filhos e lavar as roupas do seu marido quando ele chegar do mar”. Foi essa a frase que a pescadora Ana Paula dos Reis Santos Marvila, 47 anos, de Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo, ouviu do oficial da Marinha, há 18 anos, quando foi fazer o documento que permitia que ela pescasse em alto mar.
“Cansadas de escutar que a gente estava limpa, arrumada demais, de unhas feitas, e não tinha como a gente ser pescadora, quando procurávamos o INSS em busca dos nossos direitos, um dia tomamos banho de água suja de camarão, juntas, cerca de 35 mulheres, e fomos ao INSS para demonstrar nossa força e para chamar a atenção dos atendentes”.
Já o depoimento que você acaba de ler, quem contou a nossa reportagem foi a Luciara Ferreira da Silva, 48 anos, conhecida por Ciara da Pesca em Conceição da Barra, Norte do ES, e em todo Estado por sua luta em prol dos direitos das pescadoras capixabas.
Leia mais em: https://conexaosafra.com/piscicultura/o-grito-silenciado-das-protagonistas-das-aguas-e-das-mares/
Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui