Relatório da OAB expõe fragilidade do Poder Judiciário no Caparaó
O relatório foi entregue pela presidente Érica Neves ao corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, na sede da OAB, em Vitória.

Um relatório preliminar entregue pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta terça-feira (9), expôs diversas fragilidades do Poder Judiciário capixaba, entre elas, as de algumas comarcas localizadas na Região do Caparaó.
De acordo com o documento, comarcas como Guaçuí, São José do Calçado, Apiacá, Bom Jesus do Norte e Dores do Rio Preto, não têm juízes titulares há mais de uma década.
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“O documento, elaborado a partir das manifestações de diversas subseções da OAB-ES, reúne relatos sobre situações que comprometem a prestação jurisdicional. Entre os destaques estão a falta de magistrados titulares em comarcas, o déficit de servidores e a consequente morosidade processual que atinge diretamente a população e o exercício da advocacia”, informa OAB-ES.
Situações de comarcas de outros municípios também foram expostas no documento. Em Santa Maria de Jetibá, por exemplo, a 1ª Vara funciona sem nenhum servidor efetivo. Em Cariacica, o atendimento no Balcão Virtual não é feito em tempo real e em Aracruz a ausência de juiz titular na 1ª Vara Criminal provoca atrasos em processos. A reestruturação do Tribunal de Justiça também foi pautada no relatório.
O relatório foi entregue pela presidente Érica Neves ao corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, na sede da OAB, em Vitória. Também participaram do ato diretores, conselheiros e presidentes de subseção.