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Assembleia Geral da ONU: por que o Brasil sempre abre o evento?

De acordo com a ONU, o Brasil é o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da Assembleia Geral, em 1955, exceto nos anos de 1983 e 1984.

Redação Redação

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Desde meados do século 20, o Brasil ocupa um lugar singular na diplomacia internacional: é tradicionalmente o primeiro país a discursar no debate anual da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas você sabe por que isso acontece?

Segundo a ONU, o Brasil é o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da Assembleia Geral, em 1955, exceto nos anos de 1983 e 1984. “No âmbito do debate geral, várias práticas surgiram ao longo do tempo, incluindo a ordem dos primeiros oradores”, afirmam as Nações Unidas.

De acordo com o livro O Brasil nas Nações Unidas, 1946-2011, da Fundação Alexandre de Gusmão, a origem remonta a 1949, durante a Guerra Fria. Para evitar dar primazia a Estados Unidos ou União Soviética, a ONU passou a convidar o Brasil a abrir a lista de oradores. Em 1955, na 10ª sessão da Assembleia, a prática tornou-se oficial. Apenas em 1983 e 1984 o país não iniciou os discursos.

Até hoje, antes de cada encontro, o secretário-geral da ONU envia uma comunicação à missão brasileira perguntando se o país deseja manter o protagonismo da abertura. A resposta é sempre afirmativa. A publicação destaca que a continuidade “honra e distingue o Brasil”, reforçando sua imagem de nação disposta ao diálogo e ao multilateralismo.

Tradicionalmente, logo após a fala do presidente brasileiro, os Estados Unidos, anfitriões da sede da ONU em Nova York, assumem a tribuna. A ordem simbólica, fruto de décadas de consenso diplomático, consagra o Brasil como voz inicial no principal fórum de debates internacionais.

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