Festa de Corpus Christi de Castelo é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil
Realizada desde 1963, a celebração mobiliza milhares de voluntários que transformam as ruas da cidade em verdadeiras obras de arte.

Símbolo de devoção, criatividade e identidade capixaba, a Festa de Corpus Christi de Castelo acaba de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Material e Imaterial do Brasil. O título foi concedido pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, que aprovou o Projeto de Lei 5017/2024, de autoria do deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES).
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiRealizada desde 1963, a celebração mobiliza milhares de voluntários que transformam as ruas da cidade em verdadeiras obras de arte. Utilizando pó de pedra, flores, folhas, palha e casca de café, os castelenses confeccionam os tradicionais tapetes coloridos que se estendem por cinco mil metros quadrados, atraindo cerca de 100 mil visitantes todos os anos.
O deputado Evair Vieira de Melo destacou que o reconhecimento nacional reforça a importância histórica e cultural da festa. “Corpus Christi de Castelo é uma expressão viva da fé e da arte popular. É o retrato da união e da dedicação de uma comunidade que, há mais de seis décadas, transforma espiritualidade em beleza coletiva”, afirmou.
Mais do que um evento religioso, a celebração também movimenta a economia local, impulsionando o turismo religioso, o artesanato e a gastronomia. O projeto ainda presta homenagem à Irmã Vicência, responsável pela confecção do primeiro tapete, em 1963, gesto que deu origem à tradição que se tornou símbolo do município.
Com a aprovação na Comissão de Cultura, o texto segue agora para análise em outras comissões da Câmara dos Deputados e, posteriormente, ao Senado Federal.
O reconhecimento nacional chega pouco depois de outro destaque estadual: o governador Renato Casagrande (PSB) sancionou o projeto do deputado estadual Marcelo Santos (União) que concede a Castelo o título de “Cidade Eucarística”, oficializando a importância religiosa e cultural da cidade.
Para o presidente do Instituto Irmã Vicenza, Luciano Travagila, os dois reconhecimentos reafirmam o valor simbólico da celebração. “Essa festa é um legado de fé e união, que traduz o espírito do povo castelense e enriquece o patrimônio cultural do Brasil”, declarou.
Celebrada sempre no feriado de Corpus Christi, a festa é um espetáculo de fé, cor e emoção que transforma Castelo em um dos destinos religiosos mais marcantes do país, agora, oficialmente reconhecido como patrimônio cultural brasileiro.
Com informações, Diocese de Cachoeiro