Azeite, sal e 'chá do milagre' são suspensos pela Anvisa
Laudos emitidos pelo Instituto Adolfo Lutz apontaram que os lotes apresentaram teor de iodo abaixo do estabelecido na legislação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira (20), o consumo do azeite extra virgem Ouro Negro e do Chá do Milagre (“pó do milagre” ou “pozinho do milagre”) e suspendeu a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo de 13 lotes do sal do Himalaia da empresa Kinino.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA fabricante H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios, responsável pela marca Kinino, comunicou o recolhimento voluntário do sal do Himalaia, o que levou à adoção da medida.
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Em suma, laudos emitidos pelo Instituto Adolfo Lutz apontaram que os lotes apresentaram teor de iodo abaixo do estabelecido na legislação. Isso ocorre porque, no Brasil, as indústrias são obrigadas a adicionar o mineral ao sal de cozinha para assegurar níveis adequados de consumo e prevenir doenças causadas pela deficiência de iodo, como o bócio (aumento da tireoide).
Os lotes suspensos tinham prazo de validade até março de 2027. Veja a lista:
- MAR 257 1
- MAR 257 2
- MAR 257 3
- MAR 257 4
- MAR 257 5
- MAR 257 6
- MAR 257 7
- MAR 257 8
- MAR 257 9
- MAR 257 10
- MAR 257 11
- MAR 257 12
- MAR 257 13
O Estadão entrou em contato com a Kinino, mas não obteve retorno. Se houver resposta à demanda, a redação atualizará o texto.
Azeite
A Anvisa proibiu todos os lotes do azeite extra virgem Ouro Negro após constatar que o produto tinha origem desconhecida e havia sido desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Além disso, a Anvisa identificou que o rótulo do produto informa a importação pela Intralogística Distribuidora Concept, empresa cujo CNPJ está suspenso na Receita Federal.
O Estadão não conseguiu localizar o responsável pela empresa.
Chá do milagre
Outro produto proibido foi o Chá do Milagre. Inclusive, o item foi alvo da agência porque sua composição, classificação e fabricante são desconhecidos.
No entanto, outra irregularidade identificada foi a divulgação do chá no Facebook e no Instagram com alegações medicinais. Aliás, as postagens associavam o produto a supostos benefícios terapêuticos, como emagrecimento, combate à ansiedade e à insônia, prevenção de câncer e estímulo sexual. Essa prática não é permitida para produtos como alimentos e chás.