Escola de Alegre promove ação sobre representatividade e cultura afro-brasileira
Durante o projeto, os alunos participaram de rodas de conversa, oficinas de mídia digital e grupos temáticos.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Célia Teixeira do Carmo, em Alegre, realizou o projeto “Vozes que Resistem”, uma ação voltada à valorização da cultura negra e à reflexão sobre sua representação nas narrativas históricas, culturais e midiáticas.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA iniciativa foi conduzida pela professora de História Cristiane Azevedo de Aguiar, que envolveu turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio em uma proposta interdisciplinar. O trabalho uniu pesquisa, arte e tecnologia para estimular o pensamento crítico e o protagonismo estudantil.
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Assim, segundo informações da Secretaria da Educação, durante o projeto, os alunos participaram de rodas de conversa, oficinas de mídia digital e grupos temáticos. Nesse sentido, as atividades resultaram na produção de vídeos, podcasts, micro documentários e publicações nas redes sociais, todos com foco na representatividade e no combate ao apagamento histórico da cultura afro-brasileira.
O encerramento contou com uma curadoria interna, na qual uma comissão formada por professores e convidados selecionou os melhores trabalhos. Os estudantes classificados farão uma visita à Exposição de Línguas Africanas, no Palácio Anchieta, em Vitória, como forma de reconhecimento e incentivo à valorização da cultura afrodescendente.
A professora Cristiane Azevedo de Aguiar ressaltou o impacto da ação. “O projeto nos permitiu reconhecer a importância da presença negra em nossa história e cultura. Os alunos se envolveram profundamente, criando conteúdos que refletem suas vivências e percepções, usando as mídias digitais como espaço de expressão e resistência”, afirmou.
Segundo ela, a experiência fortaleceu o senso crítico e o protagonismo dos estudantes. “Foi um processo transformador, que elevou a autoestima e mostrou como a educação pode gerar mudanças reais”, completou.
Ao longo das atividades, os participantes desenvolveram habilidades em letramento racial, pensamento crítico, produção digital e trabalho coletivo. O projeto integrou os componentes curriculares de História e Geografia, reafirmando o compromisso da escola com uma educação antirracista e inclusiva.
A estudante Nicolly Barbosa, do 9º ano, destacou o aprendizado e a importância da iniciativa. “Aprendi muito sobre a história e a cultura negra, que muitas vezes não são abordadas na escola. Criar conteúdos digitais me ajudou a expressar minhas ideias e sentimentos sobre a nossa identidade. Saber que nosso trabalho será compartilhado nas redes mostra que a nossa voz tem poder e pode inspirar outras pessoas”, disse.