Eletrônicos mais baratos aquecem a Black Friday no Espírito Santo
O varejo capixaba deve movimentar R$ 9,1 bilhões, consolidando o mês como um dos mais relevantes para a economia estadual.

A Black Friday no Espírito Santo chega com um diferencial importante: a redução nos preços dos eletroeletrônicos mais procurados.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiIsso porque, itens como ar-condicionado, televisores e computadores registraram deflação neste mês, criando espaço para promoções mais fortes.
Nesse sentido, isso favorece tanto quem quer economizar quanto o comércio local. Assim, em novembro, o varejo capixaba deve movimentar R$ 9,1 bilhões, consolidando o mês como um dos mais relevantes para a economia estadual.
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Dados do Connect Fecomércio-ES, com base em informações da CNC e do IBGE, revelam queda nos preços de televisores (-1,77%), aparelhos de som (-1,87%), fogões (-1,49%), ar-condicionado (-2,05%) e computadores (-2,02%). Esses itens também apresentam recuo no acumulado do ano.
O coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, afirma que a redução reforça o potencial competitivo da data.
“O consumidor encontra um cenário especialmente favorável para adquirir produtos de maior valor agregado. A deflação desses itens abre espaço para promoções mais agressivas e estratégicas”, analisa.
O comportamento dos preços acompanha a tendência de queda no grupo de artigos de residência, que engloba móveis, utensílios e eletrônicos. Na Grande Vitória, o segmento recuou 0,11% em outubro e apresenta a menor inflação acumulada do ano, ampliando o poder de compra das famílias às vésperas do período promocional.
Varejo
Para o varejo, a Black Friday também assume papel estratégico no calendário econômico. O 3º vice-presidente da Fecomércio-ES, José Carlos Bergamin, destaca que novembro ganhou protagonismo nas vendas.
“Os números de novembro e dezembro são semelhantes, mas o comportamento do consumidor é distinto. A Black Friday concentra a compra de bens duráveis e antecipa gastos que antes se concentravam apenas no fim do ano”, explica.
Além disso, ele ressalta que a credibilidade da data foi construída ao longo do tempo.
“O varejo precisou reduzir preços de fato para reconquistar o consumidor. Hoje, a confiança na compra on-line está ligada à segurança e à força das marcas. Os marketplaces ampliam essa sensação ao garantir pagamento seguro e logística eficiente. Já o comércio físico ganha impulso nos últimos dias do mês, enquanto dezembro segue como líder para compras de caráter emocional, como roupas e calçados”, acrescenta Bergamin.
Serviços também surfam a onda da Black Friday
O setor de serviços tem ampliado sua presença na Black Friday, acompanhando o avanço das compras digitais e o crescimento do consumo das famílias. Em novembro, transportes e logística devem movimentar R$ 2,52 bilhões, impulsionados pela demanda por entregas rápidas.
Turismo e lazer
Turismo e lazer também incorporam a data, oferecendo pacotes, hospedagens e atividades com preços promocionais. Para os serviços voltados às famílias, a expectativa é de alta de 8,7%, passando de R$ 690 milhões (novembro de 2024) para R$ 750 milhões em 2025.
Segundo André Spalenza, o movimento mostra que a Black Friday já extrapola o varejo físico e online.
“A data influencia diretamente a contratação de serviços e antecipa parte da demanda do verão. A queda da inadimplência, a melhora gradual da renda e o nível positivo da Intenção de Consumo das Famílias reforçam esse cenário. Novembro ativa o consumidor, enquanto dezembro concentra compras ligadas a alimentação, confraternizações e presentes”, observa.
A pesquisa completa está disponível no Portal do Comércio-ES.