Como é possível observar na foto de perfil desta coluna, ainda sou jovem. Mas, esse fato não me impede de observar o comportamento da minha geração, dentre elas, escreverei sobre o sonho de trabalhar em uma empresa “fofinha”. Nesse caso, a organização “fofinha” faz marketing sobre sustentabilidade nos processos produtivos, responsabilidades sociais e valorização dos empregados.

Após muito tempo de ralação, alguns jovens da Geração Z finalmente conseguirão o tão sonhado cargo na empresa multinacional “fofinha”. Porém, depois de algumas semanas de trabalho o sujeito tomará noção da realidade e observa que as metas são desafiadoras e de curto prazo. Haja pressão, provavelmente trabalharão até mesmo nos finais de semana para cumprir com os objetivos da organização.

Enquanto a empresa divulga todas as suas virtudes para a sociedade, existem milhares de funcionários, ignorados pelos marketeiros, sendo moídos para mover a engrenagem do negócio. Assim, após alguns anos nesse tipo de labor o indivíduo da Geração Z, frustrado com a quebra de expectativa, descobre que o mundo não é um mar de rosas.

O sonho de trabalhar na empresa “fofinha” simplesmente não existe, pois é uma idealização. Qualquer forma de endeusamento, cedo ou tarde, sucumbe à realidade. Por isso, sem nenhuma pretensão de convencer meus pares, acredito que o melhor remédio é aceitar a realidade, sem desperdiçar as oportunidades de alterá-la para melhor, e ser pragmático.

Rafael Altoé Frossard é professor do Centro Universitário São Camilo – ES e mestrando em Administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).