As notícias se espalham em alta velocidade, a tecnologia permite que elas cheguem de um canto a outro do planeta muito rápido.

Tanto a velocidade quanto a compreensão muda toda uma história. A mesma história contada de forma e enredos diferentes colocam os fatos em sentidos contrários, afinal “quem conta um conto, aumenta um ponto”, isso altera a compreensão e contamina a opinião.

Cada palavra ouvida, cada coisa lida, cada imagem vista, produz em nós uma enxurrada de hormônios capazes de alterar nossos pensamentos e gerar emoções positivas ou negativas.

É necessário ter discernimento e sabedoria para que a inocência e a pureza não seja dominada pela perversidade que ronda as palavras, uma comunicação barulhenta e impositiva pode calar uma voz, uma atitude, um sonho.

A palavra, quer seja escrita ou falada é a mola mestra que move as emoções e geram sentimentos, isso leva as pessoas a assumirem posições as quais não assumiriam se não fossem influenciadas pela narrativa.

Todo esse movimento mental gera sentimentos que variam da coragem ao medo, da antipatia a simpatia, do desejo a aversão, da idolatria a repugnância e do ódio a paixão.

Razão pela qual os novos tempos exige de nós muito mais que paixão.
Civismo, responsabilidade e humanidade devem ser nossos mestres e nossa meta deve sempre contemplar o que há de melhor nos outros e em nós mesmos.

Para um bom discernimento em alguns momentos na vida será necessário que tenhamos a inocência de uma criança, em outros a sabedoria de um ancião.

Fernando Rangel Pereira é farmacêutico, psicólogo, neuropsicólogo clínico.