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De Volta a 2019

O advento da Covid-19 virou de cabeça para baixo a economia mundial, para conter as consequências danosas do vírus muitos governos recorreram às medidas de distanciamento, como consequência a atividade econômica esfriou e grande parte dos países registraram retração no Produto Interno Bruto (PIB). Apesar de perder mais de 4% do PIB em 2020, a […]

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em 08 de mar de 2022, às 17h53

O advento da Covid-19 virou de cabeça para baixo a economia mundial, para conter as consequências danosas do vírus muitos governos recorreram às medidas de distanciamento, como consequência a atividade econômica esfriou e grande parte dos países registraram retração no Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar de perder mais de 4% do PIB em 2020, a economia brasileira cresceu 5,20% em 2021, mais do que o suficiente para reverter as baixas do ano anterior, mas será que nosso desempenho foi tão bom quanto o esperado? Para a análise, estabeleci o ano de 2019 como o marco zero, ou seja, caso o produto retorne a 100%, pode-se dizer que o país superou a crise econômica.

Fonte: elaboração própria com base nos dados do FMI

Ao comparar a amostra selecionada, apenas México e Reino Unido não alcançaram o mesmo nível pré-pandemia, já Brasil, Chile, China, Coréia do Sul e EUA atravessaram o marco zero. Embora a retomada nacional deva ser comemorada, nosso desempenho ficou aquém do esperado, haja vista que a demanda estava suprimida e o carrego estatístico fez os números de 2021 parecerem melhores do que de fato foram.

Os chilenos, apesar do tombo de quase 6% em 2020, tiveram um surpreendente 2021 com o aumento de 11% no PIB, ao desconsiderar o efeito estatístico, o crescimento “real” foi de 4,5%, conforme evidenciado no gráfico. A única exceção foi a China, país que, mesmo com as dificuldades impostas, viu a economia crescer aproximadamente 2% e 8% em 2020 e 2021, respectivamente.

Com ressalvas à China, os formuladores de políticas públicas poderiam ter se espelhado nas melhores práticas adotadas pela Coréia do Sul ou Chile. Os sul coreanos voltaram seu sistema de saúde à prevenção e diagnosticaram massivamente sua população, o que ajudou no distanciamento inteligente, em contrapartida os chilenos aceleraram velozmente na corrida pela vacinação.

Portanto, devemos ficar felizes com o fato de o Brasil conseguir superar a crise do coronavírus, entretanto o desempenho não foi bom o suficiente ao levar em conta o cenário internacional, além disso o PIB aumentou apenas 0,8% sem a maquiagem estatística. Para 2022, as chances de voltarmos ao “pibinho” (algo próximo de 1% a 2% ao ano) de antigamente são altas, fato esse que distanciará ainda mais o gigante sul-americano face às nações mais desenvolvidas.

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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