DEÂMBULOS
Andar por aí, a esmo, saber sequer de si mesmo. Errar, de errante, com ERRE maiúsculo, corpo presente, alma distante; disperso e consonante com o Universo inconstante
2 mins de leitura
em 05 de set de 2024, às 17h28
Por Ricardo Lemos
Andar por aí, a esmo, saber sequer de si mesmo. Errar, de errante, com ERRE maiúsculo, corpo presente, alma distante; disperso e consonante com o Universo inconstante. Avante!
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente,
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
Seu Pessoa, dá licença…
Meu respeito e admiração,
Mas discordo, com seu perdão:
Se é pra me dar ao trabalho,
Vou me fingir de agasalho
A ver se aqueço um coração.
De poeta, como tu, não tenho.
Tampouco o sonho algum dia,
Mas com com amor e com empenho
Trato de desfranzir o cenho
E sigo fingindo alegria.
Quem sabe não contagia?!
—
“Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço.”
No mau caminho
Mas a caminho do Bem
Faço, mas não desejo
Mal a ninguém
O quanto me dôo
O quanto me dói
Nem super vilão
Nem herói
AMAR
Como sói
—
Talvez você não comungue,
Mas segundo Carlos Gustavo,
O Jung
A cada pessoa que morre
Morre junto
Um pouco de mim.
Pergunto
Se há algum empecilho
Para que,
A cada pessoa que mata,
Não seja eu também
A puxar esse gatilho.
Será que sim?!
** Ricardo Lemos é escritor, poeta, músico, compositor; especialista em generalidades, ativista da causa animal e humana e atua há 30 anos no comércio exterior de rochas ornamentais.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM
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