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Deus, ajude-me a escolher

Em algum momento, durante as guerras mundiais, um aluno de Jean Paul Sartre veio pedir conselho sobre ir para a guerra ou ficar com a mãe

2 mins de leitura

em 07 de mar de 2024, às 10h01

Foto: Pixabay

Por Rafael Altoé Frossard

Nos últimos meses, passei por um período difícil; por isso, estou aqui para falar de escolhas.

Em algum momento, durante as guerras mundiais, um aluno de Jean Paul Sartre veio pedir conselho sobre ir para a guerra ou ficar com a mãe. Se fosse para a guerra, sua mãe viveria sozinha, pois seu pai e seus irmãos morreram nas guerras anteriores. Entrementes, ficar com a mãe o faria se sentir humilhado por não ajudar a nação.

Sartre, intrigado com a questão, preferiu dizer ao aluno o que fazer; ele apenas disse o que entendia como “verdade”: escolha e seja responsável por aquilo que decidir. O jovem, tendo em vista seus sentimentos pela mãe, decidiu ficar em casa ao invés de lutar na guerra.

Na visão de Sartre, se Deus não existe, o único valor moral que guia o ser humano é a sua própria capacidade de fazer escolhas, tornando-o livre. Nós estamos condenados a escolher e a conviver com as angústias dessas escolhas. Inclusive, não escolher também é uma escolha.

A coluna de hoje não teve como objetivo te ajudar a escolher. Acredito que você pode conversar com os seus amigos, pedir conselho às pessoas de sua confiança, montar árvores de decisões, pensar sobre vários pontos de vista ou até mesmo rezar a Deus. No entanto, nada disso muda o fato de que nós estamos fadados a escolher; portanto, escolha aquilo que a sua angústia seja capaz de suportar.

Rafael Altoé Frossard é professor do Centro Universitário São Camilo – ES e Doutorando em Administração pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). 

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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