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É importante ficarmos atentos às expressões que utilizamos

Devemos adotar uma linguagem inclusiva, que valorize a individualidade e a dignidade de cada pessoa.

3 mins de leitura

em 08 de mar de 2024, às 11h04

Ao promover uma comunicação inclusiva, contribuímos para a construção de uma sociedade mais igualitária (Foto: FreePik)

Por Marcel Carone

A inclusão e o respeito às pessoas com deficiência são fundamentais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso, é importante estar atento às expressões que utilizamos, pois algumas delas podem ser ofensivas ou perpetuar estereótipos negativos. Nesta coluna, discutiremos algumas expressões que não devem ser utilizadas com pessoas com deficiência, destacando a importância de uma comunicação inclusiva.

Uma expressão que nunca deve ser utilizada é “deficiente mental”, quando utilizada para se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. Essa expressão é pejorativa e desrespeitosa, pois desvaloriza a capacidade cognitiva da pessoa. É essencial lembrar que todas as pessoas possuem habilidades e potenciais únicos, independentemente de suas limitações, e devem ser tratadas com dignidade e respeito.

Outra expressão que deve ser eliminada do vocabulário é “aleijado” ou “deficiente físico”, quando utilizada para se referir a uma pessoa com deficiência física. Esses termos são depreciativos e reforçam a ideia de que a pessoa é inferior devido à sua condição física. Devemos substituí-los por expressões mais inclusivas, como “pessoa com mobilidade reduzida” ou “pessoa com deficiência física”, que reconhecem a individualidade e a dignidade da pessoa.

Além disso, é importante evitar expressões que utilizem a deficiência como sinônimo de fraqueza ou incapacidade. Expressões como “cego de raiva” ou “surdo para conselhos” são estereotipadas e reforçam preconceitos. Devemos lembrar que a deficiência não define a personalidade, as habilidades ou as capacidades de uma pessoa. É essencial respeitar a singularidade de cada indivíduo, utilizando uma linguagem inclusiva e livre de estereótipos.

Também devemos evitar expressões como “coitadinho” ou “coitadinha”, quando utilizadas para se referir a pessoas com deficiência. Essas expressões infantilizam e diminuem a autonomia da pessoa, transmitindo a ideia de que ela é frágil ou incapaz. É importante reconhecer as habilidades e conquistas das pessoas com deficiência, valorizando-as como indivíduos capazes e independentes.

É essencial evitar expressões que coloquem a pessoa com deficiência em uma posição de inferioridade. Expressões como “normal” ou “pessoa normal” para se referir a alguém sem deficiência podem criar uma divisão entre as pessoas e reforçar o estigma em relação à deficiência. Devemos lembrar que a diversidade faz parte da condição humana e que todas as pessoas merecem respeito, independentemente de suas diferenças.

A utilização de expressões inadequadas pode ser ofensiva e prejudicial para as pessoas com deficiência. Devemos adotar uma linguagem inclusiva, que valorize a individualidade e a dignidade de cada pessoa. É importante estar atento às palavras que utilizamos, evitando estereótipos, preconceitos e infantilizações. Ao promover uma comunicação inclusiva, contribuímos para a construção de uma sociedade mais igualitária, onde todas as pessoas sejam respeitadas e tenham suas habilidades reconhecidas.

Marcel Carone é jornalista, apresentador de tv, empresário, ativista social comprometido com a inclusão, Embaixador da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Síndrome de Down do Espírito Santo Vitória Down, Idealizador da “Brigada 21” e do “Pelotão 21”. É diplomado pela ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra e Comendador do 38° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.   

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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