Imagine uma partida de basquete entre dois times distintos, o primeiro é formado por jogadores de apenas 50 centímetros de altura, enquanto o segundo possui gigantes de 100 metros. Qual elenco levaria a melhor na disputa? Embora o exemplo seja fictício, ilustra os dilemas da desigualdade social.

No mundo real, o time de 50 centímetros é representado pela parcela miserável das populações, enquanto a equipe dos gigantes são os multibilionários que aparecem na Forbes, ou seja, não existe competição entre indivíduos com disparidades de renda tão altas, pois os pobres, em sua grande maioria, não possuem acesso aos serviços mais básicos, já os ricos estudam nas melhores escolas, frequentam os hospitais mais avançados e recebem os negócios da família para gerenciar.

Ao partir para as evidências empíricas, o mainstream econômico aponta que desigualdades extremas atrapalham o crescimento das economias, prova disso que os países com elevado PIB per capita têm desigualdade inferior as nações em desenvolvimento ou pobres. Para solucionar essa problemática, a melhora do capital humano e a tributação progressiva devem ser trabalhadas em conjunto.

Primeiramente, oferecer educação pública, universal e de qualidade constitui a melhor medida para equiparar o capital humano entre as diferentes classes sociais. Segundamente, os governos devem tributar aqueles que mais ganham e possuem mais patrimônio, com o objetivo de financiar os serviços públicos.

Países como Coréia do Sul e Japão oferecem ao contribuinte dois dos melhores sistemas educacionais do mundo, ao mesmo tempo que tributam em mais de 50% (alíquota) as grandes heranças. Há sempre uma escolha para aumentar a altura dos pequenos e diminuir a dos gigantes, basta adotar as melhores práticas internacionais.